Meditação do Envio (Lucas 10)

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Padre BoscoDepois de varias ações: missão dos 12, a transfiguração, Jesus ainda chama os 72. Eles representam outros atores. A missão não acontece só com os 12. Necessita-se da colaboração de todas as pessoas. Jesus teve a preocupação, como o Papa Francisco nos tem apresentado, de ampliar o trabalho missionário.
Ele envia a cada dois. Isso significa que ninguém deve ir sozinho, assim como se recomenda na Pastoral Carcerária. É necessário ter a outra pessoa como testemunha e como colaboração.
Que ninguém apareça sozinho.
Preciso de outra visão além da minha, não consigo ver tudo. Eles vão aonde Jesus deve chegar. Devemos ir a todos os lugares: a todos os isolados. Não se pode aceitar o impedimento. As periferias existenciais.
Somos instrumentos: o mais importante é aquele que vem, que já está presente, que deve ser anunciado. Vamos apenas despertar nos corações essa presença do mestre.
A messe é grande. Não podemos dar conta. Os operários são poucos. Não podemos ter ciúmes ou medo de outros que possam chegar. Se rezarmos verdadeiramente ao dono da messe, ele nos enviará outros colaboradores.
Ide! Temos que sair de nós mesmos, nem sempre do lugar onde estamos. O trabalho fundamental é ir, sair, visitar, chegar, se aproximar, se comprometer. Todas as demais questões podem ser necessárias, mas não são fundamentais.
Ir com a mentalidade de ovelhas em meios aos lobos. Simplicidade e prudência não podem faltar.
Sair sem nada. As nossas bagagens materiais, espirituais, intelectuais, ideológicas nos atrapalham demais. Temos que tornar leve o nosso trabalho, a nossa missão para que se assemelhe ao sistema penal. A dureza com a qual lidamos pode nos tornar insensíveis, duros também. Aprender que Jesus que se aniquilou (Carta aos Filipenses). Ainda perdemos muito tempo em assuntos triviais. Temos muito a aprender e só o mestre que nos chama e nos envia pode nos ensinar; Só ele nos serve como modelo de agente de pastoral.
“Vem-me à mente a história de Jonas, uma figura verdadeiramente interessante, especialmente nos nossos tempos de mudanças e incertezas. Jonas é um homem piedoso, com uma vida tranquila e organizada, isso o leva a ter os seus esquemas bem claros e a julgar tudo e todos com esses esquemas, de modo rígido. Por isso, quando o Senhor o chama e lhe diz para ir a Nínive, a grande cidade pagã, Jonas não quer ir. Nínive está fora de seus esquemas, é a periferia de seu mundo. E, então, ele escapa, foge, embarca em um navio que vai para longe. Releiam o livro de Jonas! É breve, mas é uma palavra muito instrutiva, especialmente para nós que estamos na Igreja”, Papa Francisco.
Padre Bosco Nascimento
Coordenador da Pastoral Carcerária no Estado da Paraíba
Presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos
E-mail: pebosco@yahoo.com.br

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