Agentes penitenciários permanecem em greve em SP

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greve_agentes_penitenciariosEm 9 das 12 assembleias gerais dos agentes de segurança penitenciária do estado de São Paulo, realizadas na noite da terça-feira, 11, a categoria decidiu pela continuidade da greve, iniciada na segunda-feira, dia 10, em todas as 158 unidades prisionais paulistas, onde atuam cerca de 30 mil agentes.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de São Paulo (Sindasp-SP), Daniel Grandolfo, a categoria manterá a greve e irá aguardar uma nova proposta do governo. Uma das principais reivindicações é a redução de 8 para 6 classes da categoria, que é plano de carreira de acordo com os anos de trabalho. O governo do estado só aceita reduzir de 8 para 7 classes.
Também está na pauta a correção do reajuste salarial, de 20,64%, referente ao período da inflação aos exercícios de 2007 a 2012, e mais 5% de aumento real do salário; a criação da Lei Orgânica para Agentes de Segurança Penitenciária; a correção do auxílio-alimentação e fim do teto base; o fardamento para os agentes ou valor em dinheiro; interstício de três anos e promoção de 30% dos funcionários ao ano; aposentadoria integral aos 25 anos de contribuição; convocação remunerada para a realização de blitz; e criação de mais uma folga, totalizando duas ao mês.
Um agente penitenciário, que não quis se identificar, entrevistado pelo portal G1 reclamou da superlotação carcerária e da pouca quantidade de funcionários. Na Penitenciária de Martinópolis, por exemplo, há 1.800 detentos e 114 agentes, mas a capacidade é para 792 presos e a previsão inicial era que atuassem 240 agentes.
 
Grevistas bloqueiam entradas de unidades prisionais
Na terça-feira, dia 11, foram registradas ao menos duas situações em que grevistas impediram a entrada de comboios com presos nas unidades prisionais.
Na Penitenciária de Martinópolis, na região de Presidente Prudente, 14 caminhões e um ônibus com 42 presos que foram impedidos de ingressar na unidade. Depois de duas horas de espera, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) determinou que os detentos fossem encaminhados a outros presídios do estado.
No fim da tarde, um comboio de presos que vinha do interior chegou à capital e foi barrado pelos grevistas. Doze veículos, incluindo um ônibus, ficaram parados na Marginal Pinheiros, enquanto os agentes que conduziam o comboio negociavam a entrada. Depois de 20 minutos, os grevistas decidiram liberar a entrada do comboio no CDP de Pinheiros.
 
Pastoral Carcerária ainda não recebeu reclamações
Com o impedimento da entrada dos comboios de presos nas unidades prisionais paulistas há o temor de que os transferidos permaneçam por longas horas no interior de ônibus e caminhões da Secretaria de Administração Penitenciária. Porém, até o começo da tarde da quarta-feira, dia 12, a coordenação da Pastoral Carcerária no Estado de São Paulo bem como os grupos da Pastoral em cidades paulistas não haviam recebido reclamações nesse sentido.

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