Natal, tempo de nascimento de uma nova história

Sinal de esperança e de paz para cada homem e mulher,

Para os que se sentem prostrados pela sua condição existencial,

Condenados pelos próprios erros, esmagados pelo julgamento dos 

outros, sem nenhuma perspectiva para sua própria vida.

Natal, tempo de clemência e de libertação para todo o povo

Apelo solene a ecoar por todo o mundo (cf. Lv 25, 9), 

restabelecendo a justiça de Deus nos diferentes âmbitos da vida: 

no uso da terra, na posse dos bens, na relação com o próximo, 

sobretudo os mais pobres e os que tinham caído em desgraça.

Natal, um tempo de procura da justiça libertadora de Deus em toda a terra

Assumindo nossas responsabilidades das ações que devastam a nossa Casa Comum, e que indiretamente alimentam os conflitos que assolam a humanidade:

às desigualdades de todos os tipos, ao tratamento desumano dispensado aos migrantes, à degradação ambiental, à confusão gerada intencionalmente pela desinformação, à rejeição a qualquer tipo de diálogo e ao financiamento ostensivo da indústria militar.

Natal, tempo de transformações culturais e estruturais, para uma mudança duradoura

Escutando o grito da humanidade para nos sentirmos chamados, todos nós, juntos e de modo pessoal, a quebrar as correntes da injustiça para proclamar a justiça de Deus. Superando a cultura dos atos esporádicos de filantropia insuficientes para uma verdadeira transformação da história.

Natal, é o coração de Deus

Um coração desarmado que não se esforça por calcular o que é meu e o que é teu; 

um coração que dissolve o egoísmo para se dispor a ir ao encontro dos outros; um coração que não hesita em reconhecer-se devedor de Deus e que, por isso, está pronto para perdoar as dívidas que oprimem o próximo; 

um coração que supera o desânimo em relação ao futuro com a esperança de que cada pessoa é um bem para este mundo.

Desarmar o coração é um gesto que compromete a todos, do primeiro ao último, do pequeno ao grande, do rico ao pobre. 

Por vezes, é suficiente algo simples como «um sorriso, um gesto de amizade, um olhar fraterno, uma escuta sincera, um serviço gratuito, para fazer cair os muros da indiferença, as barreiras do ódio, as grades de nosso egoísmo. 

Natal, sonho de Deus onde nada é impossível

Porque as grades se transformarão em portas de educação, de aconchego, de amor e fraternidade e surgirá o novo dia, a CIVILIZAÇÃO DO AMOR, o tempo onde Deus nasceu em nós e entre nós. 

Feliz Natal e Abençoado 2025!