Realidade do encarceramento em massa é foco da assembleia da PCr de Goiás

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Interna_Goias“Por que o Brasil é hoje, um dos países com a maior população carcerária do mundo?”; “Por que as prisões brasileiras são famosas pelo terror, as torturas, os maus-tratos, as violações dos direitos humanos dos presos e de suas famílias?”; “Por que se enche o sistema prisional brasileiro com os jovens, principalmente negros, moradores das periferias pobres do país?”.
Essas e outras questões permearam as reflexões dos participantes da assembleia estadual da Pastoral Carcerária de Goiás, realizada de 30 de outubro a 1º de novembro, na cidade de São Luiz de Montes Belos (GO).
Os integrantes da PCr, vindos das dioceses de Formosa, Itumbiara, São Luiz de Montes Belos, Goiânia e Goiás, refletiram sobre o tema central “Encarceramento em massa: nossa posição como Pastoral carcerária”, em encontro assessorado pelo Padre Valdir João Silveira, coordenador nacional da Pastoral Carcerária, com a contribuição da Irmã Petra Silvia Pfaller, coordenadora da Pastoral Carcerária para a Questão da Mulher Presa, e Lucas, jovem assessor jurídico da PCr de Goiás.
Segundo Irmã Liberata Magliocchetti, coordenadora estadual da PCr, os participantes constataram “que os meios de comunicação e a organização social que estão no nosso meio favorecem um sistema penal ‘seletivo e punitivo’, que criminaliza os pobres e excluídos, de tal forma que a punição se torna uma política pública de ‘segurança social’. A pergunta é: ‘quem se beneficia com este sistema que está longe de reeducar a quem errou’?”.
Irmã Liberata assegurou que como Pastoral Carcerária do Estado de Goiás, escutando o mandato divino de Jesus de “visitar os presos” (Mt 25,36), “queremos somar forças para lutar na busca de politicas públicas que ofereçam mais formas de sociabilidade e de reeducação, ter um olhar mais misericordioso pelos nossos irmãos e irmãs privados de liberdade, fundamentando-nos na  Palavra de Deus: ‘Lembre-se dos presos, como si você estivesse na prisão com eles. Lembre-se dos que são torturados, pois você têm um corpo’ (Hb 13,3)”, destacou a religiosa.
 
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