Na nova Diocese de Primavera do Leste-Paranatinga, erigida neste ano pelo Papa Francisco, foi realizada, entre 19 e 21 de setembro, a assembleia estadual da Pastoral Carcerária de Mato Grosso, que teve amplo apoio do bispo Dom Derick John Crhistopher Byrne, responsável por animar pastoralmente, desde agosto, os fiéis de 12 cidades da área de atuação da diocese.
Estiveram na atividade 55 pessoas, a maioria agentes da PCr nas cidades de Cuiabá, Sinop, Cuiabá, Rondonópolis, Parantinga, Barra do Garças e Primavera do Leste; além da irmã Petra Silvia Pfaller, vice-coordenadora nacional da Pastoral Carcerária; do padre Josef Hendrik (padre Zeca), assessor eclesiástico da PCr de Cuiabá; e da senhora Fabiana, assessora da juíza Glenda Moreira Borges, da Comarca de Primavera do Leste.
O encontro foi assessorado pela Irmã Petra Silvia Pfaller, que enfatizou as diversas temáticas referentes ao trabalho e objetivos da PCr nacional. Houve também a eleição da nova coordenação estadual, composta pelo Padre Valdevino José de Almeida, da Diocese de Sinop; Douglas Salviano, da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga; e Ana Cláudia, da Arquidiocese de Cuiabá.
Na avaliação da irmã Valéria Aparecida de Freitas Curado, da Diocese de Primavera do Leste-Paranatinga, “a assembleia estadual foi uma possibilidade de encontro e convivência entre os diversos membros da PCr. Todo encontro traz em si uma dimensão de aprofundamento e reciclagem dos conhecimentos e uma oportunidade de esclarecimento, oportunizando maior conscientização e segurança perante a missão junto a PCr”.
Irmã Petra visita cidades da região
Além de participar da assembleia estadual, irmã Petra reuniu-se com os agentes da PCr em outras cidades da região, especialmente com as equipes de Barra do Garças, Primavera do Leste, Paranatinga e Rondonópolis. Nessas ocasiões, houve a partilha de vivencias e reforço dos objetivos da ação da Pastoral Carcerária.
Irmã Petra tomou ciência da situação nos presídios em Mato Grosso, que em pouco diferem da realidade que predomina no Brasil: celas superlotadas, extremamente quentes e sem ventilação; falta de banho de sol diário para os presos; e dificuldade de acesso da PCr para fazer visitas religiosas dignas.
A vice-coordenadora nacional da PCr esteve alguns presídios e cadeias públicas, conversou e escutou o clamor de alguns encarcerados, e constatou o abandono e o sofrimento dos presos.
No entender da irmã Valéria Curado, após participar das atividades, “a irmã Petra saiu enriquecida com a partilha de vida, vocação e missão destas equipes que tanto se empenham na luta pela promoção da dignidade dos nossos irmãos encarcerados”.