Foi lançado oficialmente na sexta-feira, dia 17, durante um debate na Defensoria Pública do Estado de São Paulo, por conta das comemorações do Dia Nacional da Defensoria Pública (19 de maio), o projeto “Reinserção Social para Egressos na Vila Brasilândia”, idealizado pela Pastoral Carcerária com o apoio do Núcleo de Situação Carcerária da Defensoria (NESC).
Em entrevista à rádio comunitária Cantareira FM, de São Paulo, Catarina Pedroso, psicóloga que coordena o projeto, explicou os propósitos da iniciativa e comentou sobre o panorama da situação carcerária no Estado de São Paulo e em todo o Brasil.
De acordo com Catarina, o sistema prisional brasileiro distancia os encarcerados do trabalho, da família e de toda a sociedade, o que causa dificuldade para a reinserção dos egressos. “Temos um sistema carcerário que afasta as pessoas e há a consequência de os egressos não retomarem alguma atividade, o que faz com que reincidam no crime. Com a gente diz, é uma situação como porta giratória, saem e voltam ao sistema carcerário”.
A psicóloga explicou que o projeto “tenta reinserir as pessoas através de alguns âmbitos que a gente considera fundamentais, que são trabalho, moradia, vínculos afetivos e familiares, educação, saúde, para que essas pessoas consigam reestruturar suas vidas e tenham reduzidas as chances de retornar ao sistema carcerário”, comentou.
Segundo Catarina, o projeto piloto, que terá dois anos de duração, está sendo desenvolvido junto a egressos de duas unidades de regime semiaberto de Franco da Rocha (SP) e a partir dos resultados será elaborado um relatório com indicações de políticas públicas para os egressos.
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