Relato: Vivência de agente da Pastoral Carcerária na Justiça Restaurativa

 Em Justiça Restaurativa, Notícias

Muitos dos agentes de Pastoral Carcerária trazem consigo histórias de vivência da prisão desde o inicio de suas visitas, às vezes como familiar, como agente penitenciário ou até mesmo como encarcerado(a). É de dentro do sistema que pode acontecer o primeiro contato com a missão da PCr e com as práticas de Justiça Restaurativa, pois a mesma se faz muito presente.

Mas, há também histórias como a de dona Maria das Dores Alves, carinhosamente conhecida como Dorinha, que já tinha o hábito e a missão das visitas religiosas nas prisões e acabou tendo um ente querido preso no sistema. Seu olhar diante da situação de seu filho e dos outros meninos encarcerados reforçou ainda mais a sua sensibilidade em relação as pessoas em privação de liberdade.

Dorinha sempre intermediou o contato com as famílias e também na contribuição de objetos como roupas, comida, utensílios básicos de higiene para os mais necessitados nas prisões. Diante dessa realidade desumana surgiu enfim a oportunidade de fazer o primeiro curso de Justiça Restaurativa ofertada pela Pastoral Carcerária.

Desde então ela mergulhou nos conhecimentos de JR e aplica nas prisões todo conhecimento adquirido através da formação. “Estou até hoje maravilhada com a Pastoral, eu sempre falo: a Pastoral Carcerária me ajudou muito, até no meu pessoal” ressalta suas impressões sobre o curso.

Dorinha mantém um ritmo constante de círculos restaurativos nas prisões não só do seu Município, mas também das regiões vizinhas. A agente fez uma importante parceria com o Juiz da Vara Criminal, Decildo Ferreira Lopes, que também segue as práticas Restaurativas.

A convite ela participou do “Projeto Pilares” e aprendeu muito mais sobre Justiça Restaurativa e pode colocar em ação não só nas prisões, mas em outros lugares como as escolas podendo introduzir a participação dos professores de Goianésia.

“Eu sempre batia na tecla com ele, tem que trazer a Justiça Restaurativa para Goianésia” conta. A partir desta iniciativa o Juiz é hoje o coordenador da JR em Goiás e Doralice segue com os encontros na prisão.

Recentemente ela esteve presente no Curso CHC (Cuidado, Historicidade, Conexão) e sempre que possível continua praticando e buscando novas formas de conhecimento para seguir em frente na sua missão junto a Pastoral Carcerária.

Para saber mais sobre a caminhada e a missão de Doralice, assista o bate papo no vídeo abaixo:

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