PCr realiza curso de Justiça Restaurativa dentro do presídio Masculino de Florianópolis

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A Justiça Restaurativa tem sido um das linhas de trabalho da Pastoral Carcerária. Em vários estados do Brasil, tem acontecido cursos e oficinas destinados aos agentes da pastoral carcerária, agentes prisionais, presidiários, advogados, lideranças comunitárias, dentre outros.

No Estado de Santa Catarina tivemos vários cursos destinados sobretudo aos agentes da Pastoral Carcerária. O referencial teórico para esses cursos são com base na metodologia e cursos do CDHEP (Centro de Direitos Humanos e Educação Popular) de Campo Limpo, São Paulo, e da escola ESPERE (Escolas de Perdão e Reconciliação).

Aprofundando a formação da Justiça Restaurativa, os membros da Pastoral Carcerária de Florianópolis têm trabalhado com pessoas privada18s de liberdade, onde, utilizando os princípios da Justiça Restaurativa, usam metodologia participativa para ajudar a prevenir e superar a violência, aumentando o autoconhecimento e habilidades emocionais.

Nessa metodologia participativa, são considerados os aspectos cognitivos, emocionais, comportamentais e espirituais. Os tópicos desenvolvidos são:

* As dimensões social e subjetiva da violência;

* A reprodução do ciclo de violência: sete passos da vingança e da reconciliação, de Olga Botcharova;

* O papel da raiva na reprodução da violência;

* O impacto da violência na construção da subjetividade e da identidade;

* Habilidade emocional do perdão;

* As verdades e necessidades envolvidas em um conflito;

* O desenvolvimento do conflito;

* Exercícios da Comunicação-Não-Violenta;

São 10 encontros, com duração de duas horas semanais. Formaram-se grupos de 10 participantes e nestes primeiros grupos, foi feito a aplicação da metodologia por quatro membros da Pastoral Carcerária de Florianópolis.

O primeiro grupo foi Aplicado no Hospital Regional de São José, para voluntários da saúde e colaboradores do Hospital. Os outros foram no presídio masculino de Florianópolis.

No final dos Encontros na Penitenciária, foi concedido Certificado de Participação, assinado pelo Diretor da Penitenciária, onde em discurso de apoio ao trabalho, prometeu colocar o Certificado na Pasta de cada um dos participantes, como comprovação de sua boa conduta e disposição de mudança, já que fizeram os encontros de forma voluntária.

Na oportunidade, os participantes apresentaram à diretoria do Presídio, “feedback” altamente positivo. Além das horas de aplicação da metodologia, o grupo de aplicadores se reúnem sistematicamente para estudo e aperfeiçoamento, e estão confiantes da colaboração efetiva que têm feito para aliviar a dor, promover o autoconhecimento e abrir portas para o perdão e a reconciliação.

Pe. Almir – vice coordenador da Pastoral Carcerária Nacional, e equipe da PCr da Penitenciária de Florianópolis

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