Assembleia da PCr em SP discute desencarceramento e suspensão de visitas no estado

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Entre os dias 4 e 6 de maio ocorreu na Casa Pastoral Dom Osvaldo Giuntini, na cidade de Adamantina, diocese de Marília, mais uma Assembleia da Pastoral Carcerária do Estado de São Paulo. Participaram 91 Agentes de Pastoral, que atuam em 30 dioceses do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O evento começou na noite de sexta-feira com as boas vindas, conduzidas pelo Coordenador Estadual da PCr, Deyvid Livrini, e pelo Assessor Espiritual da PCr na Diocese de Marília, Pe Valdo Bartolomeu de Santana.
O dia seguinte se iniciou com a celebração da Eucaristia, presidida pelo Bispo Diocesano de Marília, Dom Luís Antonio Cipolini, que enfatizou a importância da Pastoral Carcerária ser presença juntos aos irmãos encarcerados.
Durante o restante da manhã o Coordenador Nacional da PCr, Padre Valdir João Silveira, conduziu uma análise de conjuntura do Sistema Prisional, enfatizando a necessidade da Pastoral intensificar sua luta pelo fim dos Cárceres em todo Brasil. Diante das reflexões trazidas pela fala de Padre Valdir, as oito Sub-Regiões, após trabalho em grupo, trouxeram à plenária colocações que expuseram suas respectivas realidades.
O Assessor da PCr Nacional, Marcelo Naves, expôs aos presentes a Agenda Nacional pelo Desencarceramento, documento elaborado e assinado por  diversas organizações de Direitos Humanos, incluindo a Pastoral Carcerária, que constitui um conjunto de propostas para o fim do encarceramento em massa em todo Brasil. Após a citada exposição e trabalho em grupo, os participantes debateram sobre a Agenda.
Na manhã seguinte as atividades se iniciaram com a celebração da Eucaristia, presidida por Padre Valdo, que enfatizou a importância da perseverança e da união nessa Missão confiada pela Igreja a todos os participantes.
A seguir Deyvid expôs aos presentes o Relatório da Pastoral Carcerária Nacional sobre as restrições impostas ao trabalho da Pastoral Carcerária.  O documento foi elaborado com dados fornecidos por agentes de todos os estados: em São Paulo houve colaboração de 40 agentes pastorais.
O documento foi lançado em Brasilia, na sede da CNBB, e tem a intenção de mapear e sintetizar a realidade do trabalho pastoral nos cárceres. Padre Valdir, no fim da exposição, fez breve complemento trazendo realidades particulares de outros estados.
A discussão do relatório foi oportuna pois, após rebelião ocorrida na penitenciária de Lucélia no dia 26 de abril, as visitas da Pastoral e de outras organizações religiosas aos presídios foram suspensas em todo o estado pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) durante o fim de semana após a rebelião.
Atualmente, a suspensão total das visitas em algumas unidades do estado continua, enquanto outras tem sua visita restrita – ou seja, os agentes da pastoral não podem entrar nos pátios ou nas celas. O coordenador estadual expôs a situação para os presentes debaterem sobre os próximos passos para lidar com essa questão.
Uma oração final conduzida pelos sacerdotes presentes encerrou a Assembleia.

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