«Eu vi o Senhor!» (Jo 20,18) – foi assim que Maria de Magdala, marcada pela dor e pela perda, anunciou aos discípulos a vida nova que brotou do túmulo vazio. Depois da tristeza, da solidão e da angústia, ela reconheceu Aquele que a chamou pelo nome. E tudo mudou.
Neste Ano Jubilar, somos todos convidados a redescobrir essa esperança: uma esperança que nasce onde parece haver apenas silêncio e fim; uma esperança que renasce quando escutamos Deus a sussurrar o nosso nome, mesmo atrás das grades, mesmo no sofrimento das famílias, mesmo nos corredores difíceis da justiça.
A Ressurreição de Jesus é a certeza de que Deus não nos abandona. Ele conhece cada um pelo nome, vê as lágrimas escondidas, os passos dados na escuridão, os dias longos e difíceis. Ele não é um Deus distante, mas um Deus próximo, que sonha a libertação do coração e a dignidade de cada pessoa.
A vocês, agentes da pastoral carcerária, que são presença de misericórdia e de escuta; a vocês, familiares, que carregam esperanças e dores com fé; e a vocês, pessoas privadas de liberdade, que continuam a ser filhos e filhas amadas de Deus: deixem-se tocar por essa esperança viva. Deus não se esqueceu de vocês. Ele ressuscitou e caminha convosco.
Como Maria de Magdala, sejamos também nós testemunhas da esperança! Que a luz do Ressuscitado ilumine cada cela, cada visita, cada reencontro e cada passo de recomeço.
Feliz e Santa Páscoa! Sejamos testemunhas da esperança!