“Minha saudação à Irmã Petra Pfaller, coordenadora nacional e religiosa muito abençoada. Quero também saudar a Irmã Salete Vigers, com quem trabalhei em Joinville por 12 anos, também muito comprometida com a Pastoral Carcerária, a Pastoral da Criança. Uma grande evangelizadora. Saúdo a todos vocês, irmãos e irmãs, com carinho especial para os padres e diáconos que trabalham na Pastoral Carcerária. Vocês, leigos e leigas, que nos dão esse testemunho tão bonito de acreditar na recuperação de quem errou. Isso é o evangelho, isso é a salvação, isso é a misericórdia

Irmãos e irmãs, as leituras de hoje nos falam da igreja missionária. Todo evangelho foi sobre a missão, evangelizar o mundo inteiro. Você, batizado, é missionário. Você, peregrino, é missionário. Vamos então a este mundo que precisa do evangelho! Foi feito um estudo pela Comissão Missionária da CNBB e chegou ao resultado que entre 10 pessoas, só três conhecem Jesus e sete nem imaginam que ele existe. E Jesus disse: “Eu envio vocês como cordeiros”. Vamos, irmãos e irmãs, vamos ser missionários! Vocês, da Pastoral Carcerária, entram nas prisões, que são a casadaqueles que erraram, que são as periferias existenciais que o Papa nos pede para evangelizar. Nós, em nome de Jesus, acreditamos na recuperação das pessoas. “Entrem na casa e levem a paz,  curai os doentes e anunciai o reino de Deus”, disse Jesus. Que coisa extraordinária! Todo católico deve ser missionário!

Mas atenção, porque Jesus alertou: vocês serão perseguidos, farão resistência e oposição a vocês. Deus quer salvar, o missionário quer levar o bem, mas as
pessoas não querem. Viram as costas e jogam pedras. Porém, Jesus também disse “missionário, sacuda o pó datua sandália, porque eles não entenderam o amor misericordioso de Deus que os visita através do missionário […] alegraivos, porque vosso nome está escrito no céu!”. Portanto, que ao menos esse gesto forte, de sacudir o pó da sandália, possa tocar esses corações de pedra. Padres, diáconos, leigos da Pastoral Carcerária, vosso nome está escrito no céu!

Irmãos e irmãs, sempre que alguém sai em missão, colocamos uma cruz em seu peito, e por quê? Porque a missão vai gerar novas criaturas na força da cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. É do crucificado que vem a força do missionário. E vocês serão amamentados com a palavra de Deus e com a eucaristia, serão carregados no colo de Deus e no colo de Nossa Senhora para ter a força missionária, serão acariciados e consolados. Quanta carícia de Deus! Um telefonema bom, um elogio, uma alegria, uma cura. Todos são carícias de Deus! E claro, a santa missão também é carícia de Deus. E, muitas vezes, a Pastoral Carcerária não é compreendida porque muitas pessoas estão por aí agindo com indiferença, mas Jesus, no Evangelho, colocou o fundamento da Pastoral Carcerária. “Eu estava preso, eu era um encarcerado, e me visitastes”. Esse é o fundamento dessa pastoral, que é missionária.

Irmãos e irmãs, Jesus sabe o que é uma cadeia. Pedro também, Paulo também, os mártires também. Não vamos nós, então, levar a cura, a paz, a consolação? Nós vamos lá, por fé e por amor, porque a fé sem amor é morta! E a fé sempre quer justiça, quer abrir portas, porque quem errou não perde a dignidade de ser filho de Deus! O Papa Francisco aboliu a pena de morte porque, como cristão, crê na recuperação dos que erraram, e a Pastoral Carcerária também crê nessa recuperação. Assim, irmãos e irmãs, que haja nas prisões a justiça restaurativa. Mãezinha Aparecida, que a Pastoral Carcerária possa ajudar a todos os detentos, principalmente as mulheres. Que essas cadeias sejam rompidas e dai-vos a liberdade aos filhos e filhas de Deus!”

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