A Pobreza no Cárcere: Um Chamado à Compaixão e Justiça

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No dia dos pobres, instituído pelo Papa Francisco, somos convidados a olhar para além das aparências e das estatísticas, enxergando as vidas invisíveis que habitam a periferia de nossa sociedade. Entre essas vidas, estão homens e mulheres encarcerados, e, de maneira ainda mais tocante, crianças que nunca conheceram a liberdade. São meninos e meninas que não viram a lua brilhar no céu, pois vivem confinados com suas mães, experimentando o peso da privação logo nos primeiros passos da vida.

O Papa Francisco, ao instituir este dia, nos lembra que a pobreza não é uma condição isolada, mas o resultado de uma sociedade que negligencia políticas básicas, impedindo o acesso aos direitos fundamentais. O cárcere é um dos reflexos mais dolorosos desta exclusão: nele, a pobreza não é apenas material, mas atinge a dignidade humana, destruindo sonhos e sufocando qualquer esperança de um futuro renovado.

A Palavra de Deus nos orienta a olhar para os encarcerados e os mais pobres com compaixão e justiça. Em Mateus 25:36, Jesus nos diz: “Estive na prisão, e foste me visitar”. Esta visita vai além das paredes da cela; ela é um chamado para enxergar a humanidade de cada pessoa atrás das grades, independentemente dos erros ou da condição em que se encontra. Em Isaías 58:6-7, o Senhor nos convida a “romper as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo”, pois somos corresponsáveis em transformar a realidade que marginaliza, priva e desumaniza.

Neste dia, somos convidados a refletir sobre o papel que a sociedade desempenha na construção ou na destruição da dignidade humana. A pobreza no cárcere não é apenas econômica, mas social e espiritual. E como discípulos de Jesus, somos chamados a ser a mão que acolhe, a palavra que conforta e a ação que transforma. Que possamos trabalhar por uma sociedade onde todos tenham acesso às políticas básicas, onde ninguém seja empurrado para a pobreza extrema e onde o amor ao próximo seja o centro de nossas ações.

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