A Assembleia Eletiva da Pastoral Carcerária da CNBB Regional Centro-Oeste (GO/DF), realizada entre os dias 12 e 15 de setembro em Goianésia, Goiás, reuniu cerca de 45 agentes da Pastoral Carcerária das cidades de Goiânia, Brasília, Jataí, Goianésia, Ceres, Niquelândia, Itapuranga, Santo Antônio do Descoberto e Formosa. Esses agentes pertencem às arquidioceses de Goiânia, Uruaçu, Brasília, Goiás, Jataí, Luziânia e Formosa.
A coordenação nacional, representada por Vera Lúcia Dalzotto e Ir. Petra S. Pfaller, esteve presente para compartilhar experiências, fortalecer a missão e conduzir a eleição da nova coordenação regional, sempre à luz do objetivo maior da Pastoral Carcerária: evangelizar e promover a dignidade humana.
Durante o evento, foram discutidos temas cruciais como Justiça Restaurativa, prevenção à tortura, medidas de desencarceramento, assistência à população LGBTQI+ nas prisões, resolução 34 (prevenção e combate à tortura), e assistência socioespiritual. O Juiz Dr. Decildo Ferreira, responsável pelo programa de Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça de Goiás, participou das discussões, abrindo novas possibilidades para a ampliação da Justiça Restaurativa no estado com o apoio da Pastoral Carcerária.
Além dos debates, o encontro contou com momentos de oração e confraternização, culminando em uma celebração eucarística presidida por Dom Levi Bonatto, bispo referencial da Pastoral Carcerária. A eleição da nova coordenação regional foi realizada de forma circular e participativa, resultando na escolha de Gleiver Teixeira (Goiânia), Margarida Onofre (DF), Diácono Ramon Curado (Goiânia) e Rosilda da Silva (DF).
A assembleia destacou os desafios enfrentados pelos agentes, como o acesso limitado às pessoas presas e a falta de recursos para a missão. No entanto, também celebrou conquistas importantes, como a criação de novos grupos da pastoral em algumas cidades. O compromisso de todos com o desencarceramento e a promoção da dignidade humana foi reafirmado ao longo do encontro.
Destacamos a valiosa presença de Dom Levi, bispo que permaneceu integralmente no encontro, demonstrando profundo carinho e respeito pelo trabalho da Pastoral Carcerária. Sua postura humilde e sempre disposto a aprender ao lado das ovelhas foi um sinal visível do amor de Deus em nosso meio. Sua presença exemplificou o pastoreio descrito por Jesus no Evangelho de João 10:11: “Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” Dom Levi, com seu compromisso em servir ao próximo com compaixão e respeito, refletiu o exemplo de Cristo, que veio para servir e não para ser servido (Mateus 20:28).
Que o Espírito Santo continue iluminando o caminho de todos os agentes da Pastoral Carcerária, assim como está escrito em Isaías 61:1: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos pobres; enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos.”