LIVE: JUSTIÇA RESTAURATIVA, REMIÇÃO PELA LEITURA E HORIZONTALIDADE RESTAURATIVA

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No dia 19 de junho ocorreu a live “Remição pela Leitura e Horizontalidade Restaurativa”, realizado pela Vera Dalzotto, Assessora Nacional da Pastoral Carcerária para a Questão da Justiça Restaurativa com as convidadas Petra Pfaller, Coordenadora da Pastoral Carcerária Nacional e Dra Rossaly Beatriz, Professora Universitária e Agente da PCr em Xanxerê – SC

Com participação de mais de 150 pessoas, durante a live foi mostrado que justiça restaurativa e a remição por leitura são pilares importantes para sobreviver ao cárcere. A Dra Rossaly compartilhou suas experiências sendo agente na Pastoral e a sua pesquisa de doutorado na USP, sendo ela a pauta mais importante da live. Sua pesquisa tem como objetivo analisar como se constitui o sujeito em espaço de privação da liberdade e a relação deste com a leitura como dispositivo de remição de pena. 

A unidade prisional de Xanxerê foi o local base da sua pesquisa, durante a apresentação foram mostrados os dados coletados e a base da sua tese com mais de 400 páginas que está se tornando um livro intitulado como “Leitura e cárcere”. 

Na sequência, Greg Andrade, atualmente advogado criminalista e sobrevivente do cárcere, relata a precariedade do cárcere e como a leitura foi de extrema importância nesse período, lendo-se mais de 2000 livros de modo que ela que o mantinha estável mentalmente, destacando de que forma a dignidade humana passa pela leitura.

O que é remição por leitura? 

É um programa no qual pessoas privadas de liberdade têm a oportunidade de reduzir sua pena através da leitura. Essa prática visa a promoção da educação, da reflexão crítica e da reabilitação das pessoas presas. A remição por leitura pode ser complementar à justiça restaurativa, porque ambas as abordagens buscam o crescimento pessoal de cada irmão e irmã encarcerados.  

Vera Dalzotto, Assessora Nacional da Pastoral Carcerária para a Questão da Justiça Restaurativa, destaca ainda que a união dessas duas práticas fortalece a empatia, objetivo central da JR. O poder da leitura na vida da pessoa privada de liberdade pode trazer novos ângulos de percepção sobre uma mesma história e criar um ambiente propício para transformação pessoal e a reparação dos danos causados, beneficiando tantos indivíduos. 

 

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