Em caminhada sinodal, Dom Luiz Knupp celebra Missa no EPFTL

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A equipe da Pastoral Carcerária da Diocese de Três Lagoas promoveu uma cerimônia especial no Estabelecimento Penal Feminino (EPFTL). Na manhã do dia 13 de maio, foi realizada uma Missa, por ocasião do dia das mães e em honra a Nossa Senhora de Fátima, que foi celebrada por Dom Luiz Gonçalves Knupp e Padre Fábio Alves de Oliveira. 

Todos se sentiram acolhidos e houve muita emoção, tanto das privadas de liberdade, da equipe da Pastoral que adentrou para a celebração, como dos servidores e profissionais que ali atuam.

Em sintonia com o dia de Nossa Senhora de Fátima, em referência a Maria, mulher e mãe, como as Marias que se encontram ali, privadas de liberdade, Dom Luiz iniciou a Liturgia com a história de Nossa Senhora de Fátima.

Em 13 de maio de 1917, na cidade de Fátima, em Portugal, três crianças foram surpreendidas com um acontecimento divino. Elas foram escolhidas para receber a mensagem de Nossa Senhora à humanidade. Por seis vezes, as aparições se repetiram e, em cada uma delas, as crianças recebiam novos pedidos e revelações. 

Os pastorinhos Lucia, de 10 anos, Francisco, de 9 e Jacinta, de 7, brincavam naquele dia 13, quando uma luz intensa brilhou. De início, pensaram ter sido um relâmpago, mas, logo depois, avistaram “uma Senhora, vestida toda de branco, mais brilhante que o Sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do Sol mais ardente”. 

A surpresa e espanto foram tamanhos. Lúcia via, ouvia e falava com a aparição, Jacinta via e ouvia e Francisco apenas via-a, mas não a ouvia. Quando falou, ela anunciou que vinha do céu e que eles não precisavam ter medo. Pediu para que voltassem todos os meses, no dia 13, e que rezassem o terço todos os dias, pela paz do mundo e o fim da guerra. Maria pedia e pede ainda hoje pela paz.

Na reflexão do Evangelho, de Jo 14, 1-6, Dom Luiz traz presente que somos criaturas amadas de Deus e que Deus tem cuidado de nós e que, apesar de tudo, mesmo estando em situação de cárcere, vocês (as encarceradas) são chamadas a cuidar uma da outra, assim como também as funcionárias do sistema são chamadas a cuidar, pois todos somos criaturas amadas e nascemos para cuidar uns dos outros.

E no rito de comunhão, uma das Marias que lá está, encarcerada, se aproximou de uma integrante da Pastoral e disse que havia feito a comunhão quando jovem e não seria digna de comungar, provocando comoção e meditação.

Fazendo memória ao Dia das Mães e trazendo presente Maria e as Marias Encarceradas, tema usado pela Coordenação Nacional para Questão da Mulher Encarcerada, Rosilda Ribeiro, integrante da Pastoral, falou sobre serem elas, as “meninas dos olhos de Deus… joias raras”, “as mais amadas!” e emocionada, declamou o poema Meu Rosário, de Conceição Evaristo.

Ao final foi entregue para cada uma delas (123 mulheres) um kit de higiene pessoal, que muito agradeceram às pessoas das Comunidades e Paróquias por esse tão bonito gesto para com elas. 

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