Organizações lançam Frente Estadual pelo Desencarceramento MG

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Nos dias 14 e 15 de março, ocorreu na Faculdade de Direito da UFMG o lançamento da Frente Estadual pelo Desencarceramento de Minas Gerais.

Cerca de 140 pessoas estavam presentes, e mais de 25 organizações sociais, de familiares e de egressos foram representadas. A Irmã Petra, coordenadora nacional da Pastoral Carcerária, participou do lançamento da frente.

O evento contou apresentou os desafios e perspectivas do projeto Solta minha mãe, além de debater as 10 medidas para o enfrentamento do encarceramento do Brasil, inclusas no projeto popular da Agenda Nacional pelo Desencarceramento, como a redução máxima do sistema penal, ampliação das garantias da Lei de Execução Penal (LEP) e a suspensão de verbas voltadas para a construção de novas unidades prisionais.

Segundo Maria de Lourdes, agente da Pastoral do Estado e membro da  Comissão da frente Estadual pelo desencarceramento, “a importância do lançamento da frente Estadual pelo desencarceramento é a união de pessoas que acreditam que as prisões não são o caminho para resolver a violência. Quem cai na teia do sistema de justiça é uma parcela da sociedade que sofre com a seletividade penal”.

Ela avalia que a luta por um mundo sem prisões passa pela união de forças para enfrentar a realidade de um país que encarcera em massa e cotidianamente viola direitos humanos.

A presença de familiares e egressos, que sofrem na pele a violência do sistema carcerário, na criação e composição da frente, também é um fator fundamental para que se possa avançar.

Em relação ao papel dos agentes da Pastoral Carcerária, Lourdes analisa que “a proposta dessa Agenda e da frente Estadual pelo Desencarceramento é integrar os trabalhos de todos os agentes da Pastoral ao longo do Estado de MG. E que Jesus não nos permita desistir de sua tarefa, pois devemos ir semeando, percorrendo caminhos até encontrar terrenos férteis para lá depositar todas as sementes, assim não resta dúvidas que passaremos a acreditar que mesmo diante da dureza ou daquilo que nos parece infértil, existe a possibilidade de vitória – afinal somos uma Pastoral Carcerária de transformação, e não de manutenção deste mundo injusto”.

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