Estreou no sábado, dia 17, em Porto Velho (RO), a peça ‘O Topo do Mundo’, em que 12 presos em regime fechado entram em cena para contar a trajetória de homens até o envolvimento com o crime e o que o levaram a essa prática.
Para a construção do espetáculo, o grupo de atores passou por um ano de trabalhos terapêuticos, corporal e psicológico, para que cada um descobrisse a própria a própria personalidade e desconstruísse o ego, por meio do eneagrama – instrumento de autoconhecimento da personalidade, além de yoga, entre outras técnicas, que resultaram em cenas em que os atores expõem o próprio ego de maneira clara e objetiva.
O drama substitui a peça “Bizarrus”, que por 15 anos foi encenada por mais de 500 detentos e percorreu diversos pontos dos país.
Em entrevista ao portal G1, Marcelo Felici, diretor da montagem, comentou que a peça traz um conteúdo profundo da prisão interna de cada um, ao mesmo tempo em que é um jogo de espelho entre a plateia e os atores. Também, segundo ele, o drama passa pelo viés dos nove pecados originais, tendo a intenção de mostrar o trajeto de um ser humano até a prática do delito, diferente do que foi feito em “Bizzarus”, que trabalhava as consequências reais de um ato.
Alguns detentos revelaram que procuraram entrar no grupo de teatro atraídos pela possibilidade de remissão de pena, mas que no decorrer do projeto foram gostando da proposta, interesse que se sobressaiu ao benefício de ter cumprir menos dias na prisão.
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