Situação em Roraima já foi denunciada pela Pastoral Carcerária

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A Pastoral Carcerária reiterada vezes denunciou os as violações de direitos acontecidas nos presídios de Roraima. O fato ocorrido, nesta sexta-feira, 6, onde 31 presos foram encontrados mortos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, na zona rural de Boa Vista, só endossa o que a Pastoral tem denunciado.
Em 2015, após levantamento do Comitê Estratégico de Gestão e Planejamento (Gecep), que constatou débitos da Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima (Sejuc) com fornecedores, situação que poderia comprometer o funcionamento das prisões no Estado, a governadora Suely Campos (PP) decretou, em 21 de janeiro, situação especial de emergência no Sistema Prisional de Roraima, pelo prazo de 180 dias.

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Em outubro de 2014, quando da deflagração de uma rebelião na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), se tornou ainda mais evidente as precariedades das condições prisionais, que levaram o governo do estado, à época, a pedir ao ministério da Justiça o envio da Força Nacional de Segurança Pública, o que foi feito, com a chegada de 30 homens.
“O que são 30 homens para mais de mil presos? Eu pessoalmente não acredito nas missões de salvação da pátria, acredito que as respostas às situações só se darão quando tivermos políticas públicas sérias, que serão transformadas em políticas de Estado e não apenas de governo”, comentou, à época, o Padre Gianfranco Graziola, coordenador da Região Macro Norte da Pastoral Carcerária.
Segundo o Padre, a revolta dos presos pode ser explicada pelas condições em que vivem. “Os próprios presos cuidam das celas e do corredor em que moram (pintura, fiação, lâmpadas, etc.). Além disso, só receberam o kit limpeza em janeiro e nunca mais. A comida é terceirizada, vem de fora, sem qualidade nenhuma, muitas vezes azeda e abaixo do peso estabelecido. Além disso, uma das questões que os presos alegam e ficam revoltados é a arrogância dos agentes carcerários, os maus-tratos e revista vexatória com os parentes”,
Padre Gianfranco também falou da brutalidade que tem causado descontento e revolta entre os presos pelo uso de balas de borracha, mas também de munições verdadeiras, disse que os presos também estão descontentes com os fatos de que há limitações para as visitas de crianças na penitenciária agrícola.

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