II Seminário Internacional Amparar pretende criar redes globais pelo fim das prisões

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Nos próximos dias 16, 17 e 18 de novembro, ocorre na Faculdade de Direito da USP o II Seminário Internacional da Amparar – Associação de Amigos/as e Familiares de Presos/as, com o tema “Tecendo redes globais pelo fim das prisões”.

O evento conta com a participação de pesquisadores, defensores de direitos humanos e da pauta prisional, familiares, amigos de presos, sobreviventes do cárcere e convidados internacionais que irão colaborar com as mesas de conversa.

A Pastoral Carcerária conversou com Miriam Duarte e Railda Alves, ambas da Amparar, sobre o primeiro seminário de 2019, as expectativas para a segunda edição, a importância da união com outros países, a questão de gênero e identidade e sobre as consequências do atual governo.

Elas contam que o I Seminário Internacional, cujo tema foi Resistência das familiares: do sofrimento à luta pelo fim das prisões“, foi “a resposta de uma articulação que possibilitou um vínculo de confiança e respeito mútuo”, e com isso conseguiram se unir, trocar vivências e entender melhor o fim das prisões.

Já este seminário corresponde aos laços de mulheres que lutam na questão do encarceramento e das/os sobreviventes, pois “é notório o quanto as questões de particularidades são viciosas, como um ritual maléfico.” 

Miriam e Railda acreditam que a parceria com outros países mostra que a Amparar está se articulando de forma estratégica para a construção de documentos internacionais, com a indignação pela vingança que seus entes recebem no cárcere “Queremos construir a rede Global e mostrar que todas as vidas importam de forma universal”, afirmam.

Sobre a questão de gênero e identidade, as representantes  destacam que este é um tópico importante, por ser um meio de reconstruir e reiniciar uma educação de respeito com o próximo, e reafirmam que “Todas as vidas devem ser tratadas de forma humanizada”.

Miriam e Railda analisam que estamos saíndo de um governo que teve influência negativa nos direitos à saúde nas prisões e compactuou com atos de tortura. Elas acreditam que ainda sofreremos com as sequelas destes quatro anos: “Em 2023 teremos que enfrentar e resistir com as nossas angústias o adoecimento que o governo anterior deixou. Temos que nos fortalecer para trazer a paz e a união do nosso país.”

Confira a programação nas imagens abaixo e inscreva-se para participar.

 

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