PCr do Regional Leste 2 elabora declaração após assembleia anual

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PCR_leste_dois“O sonho de Deus! Um continente sem prisões” é o título da declaração final do 16º Encontro Regional Leste 2 da Pastoral Carcerária, que entre 2 e 4 de maio, na cidade de Mariana (MG), reuniu agentes da PCr de Minas Gerais e do Espírito Santo, em atividade assessorada pelo padre Ricardo Resende Figueira.
Na declaração, os participantes afirmam que a partir das experiências que partilharam ao longo do encontro, se comprometem a lutar pelo fim das revistas vexatórias nos presídios, pela assistência à saúde dos presos, contra o encarceramento em massa, pelo resgate da cidadania dos presos impedidos de votar, pela implantação de ensino regular e profissionalizante nas prisões, por políticas públicas que garantam o cumprimento das penas de forma digna nas comarcas de origem; pela implantação do conselho da comunidade em todas as comarcas de Minas Gerais e do Espírito Santo, bem como a instalação da Defensoria Pública onde ainda não há defensores públicos.
“Queremos que o sonho de Deus seja nosso sonho: que não existam prisões e que pessoas não sejam tratadas como coisa. Para isso, há de se transformar o modelo dominante da sociedade em nosso país”, consta em um dos trechos da declaração, na qual os agentes da PCr do Leste 2 também reafirma “o desejo de assumir o sonho de Deus em nossa missão pastoral no âmbito das prisões, isto é, em uma realidade prisional que golpeia uma multidão de pessoas presas, principalmente os mais pobres, vítimas de uma violência produzida numa sociedade que ainda silencia diante de tanta injustiça e violência”.
Na declaração, os participantes enaltecem a temática da CF-2014, “Fraternidade e Tráfico Humano”, e lembram que na condição de agentes da PCr “temos o triste privilégio de sermos testemunhas de que a imensa maioria das prisões de nosso Regional Leste 2 ainda preserva recintos desumanos. Neles também se encontram vítimas do tráfico para a exploração no trabalho, exploração sexual, extração ilegal de órgãos, tráfico de armas e drogas, tortura, crime organizado e ausência de programas de humanização (cf. Ap.427)”.
Os agentes da Pastoral afirmam, ainda, que continuarão denunciando que o sistema penitenciário “é desumano, violento e contrário ao projeto de Deus”; que seguirão a missão “assumindo plenamente todas as realidades, de modo especial, visitando, acolhendo e promovendo condições dignas e justa de vida para os nossos irmãos (as) prisioneiros que estão nos cárceres”; e pedem que a Igreja não seja indiferente ao sofrimento da grande massa de encarcerados, mas que “se lance com audácia e criatividade apostólicas, abandonando as ultrapassadas estruturas que já não favorecem a transmissão da fé. (cf. Ap 365)”.
 
LEIA A ÍNTEGRA DA DECLARAÇÃO DO 16º ENCONTRO DA PCr DO LESTE 2
 
 

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