Três dias de descontração, participação, formação e informação aos presos. Assim foi a IV Semana do Encarcerado na cidade de Caxias, no Maranhão, entre 14 e 16 de setembro, na Casa de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) e na Casa de Assistência ao Albergado (CAAE).
Participaram 11 agentes das unidades prisionais, além dos diretores, dez integrantes da Pastoral Carcerária, quatro agentes da Pastoral da Aids e membros da Infância e Adolescência Missionária (IAM) e da Missão AME, de confissão evangélica.
A abertura solene foi no dia 14, pela manhã, no Fórum da cidade de Caxias. À tarde, a Pastoral Carcerária foi responsável pela animação e evangelização na CCPJ, realizando momentos de oração e a reza do Terço. Houve, ainda, uma palestra com o professor Denilson Barbosa.
No dia 15, à tarde, agentes da PCr, da IAM e da Missão AME fizeram a animação na CCPJ. Era o dia de visita das famílias, e houve especial atenção para as crianças, com música, balões, brincadeiras, lanches e presentes. À noite, a Pastoral Carcerária conduziu um momento de louvor na CAAE, com orações e cantos, e também houve a palestra do professor Denilson. Representantes do judiciário local tiraram dúvidas dos albergados sobre processos. O irmão Fernando Santos, acadêmico de Direito, falou sobre a humanização nos cárceres; e a Pastoral da Aids montou um stand com folhetos e informações sobre doenças sexualmente transmissíveis.
No dia 16, no começo da noite, houve o encerramento da IV Semana do Encarcerado, no Fórum da cidade, com a participação de autoridades jurídicas e civis, representantes das pastorais, movimentos e de um egresso, que descreveu a real situação dos encarcerados, relato que ajudou nas reflexões sobre as ações futuras para a CCPJ de Caxias.
Participante das atividades, Raimundo Nonato dos Santos, mais conhecido como Maióba, coordenador da PCr na Diocese de Caxias, recordou que no evento houve menção às situações de violência que geram reincidência e superlotação carcerária. Uma audiência pública, em outubro, tratará dessa e de outras questões sobre o sistema prisional em Caxias.
“Infelizmente, devido ao preconceito arraigado das pessoas com relação à pessoa encarcerada sentimos muito a falta da sociedade como um todo na participação desse evento. Mas, fica aqui que ‘fizemos um pouco do muito que é necessário a ser feito’”, afirmou Raimundo.
FAÇA PARTE DA PASTORAL CARCERÁRIA