A Associação “Ninguém toque Caim”, que se dedica contra a pena de morte na Itália, anunciou no dia 29 de abril que conferirá o Prêmio de “Abolicionista do Ano” ao Papa Francisco, pelo empenho do Pontífice em lutar pela abolição da pena de morte e dos tratamentos desumanos e degradantes.
“A razão da escolha – explica a associação – reside no fato de que Francisco, cujo pontificado foi inaugurado pela abolição da prisão perpétua e pela introdução do crime de tortura nas leis do Estado do Vaticano, pronunciou-se de modo forte e claro, não somente contra a pena de morte, mas também contra a prisão perpétua”.
A referência é, sobretudo, ao discurso dirigido aos Delegados da Associação Internacional de Direito Penal, em 23 de outubro passado, quando o Papa Francisco definiu a prisão perpétua como “pena de morte escondida”, que deveria ser abolida junto com a pena capital, e considerou o isolamento nas assim chamadas “prisões de segurança máxima” como “uma forma de tortura”.
Com o Prêmio, a Associação “Ninguém toque Caim” reconhece ao Santo Padre “o valor prodigioso de suas palavras, nas quais pretende empenhar-se para traduzi-las em iniciativas concretas para a superação definitiva de punições e tratamentos anacrônicos, sempre mais necessárias e urgentes, levando em consideração o contexto atual da pena capital no mundo, das quais as recentes execuções na Indonésia são o último aberrante exemplo de um Estado que se torna Caim”.
Fonte: Rádio Vaticano