“Justiça Restaurativa em Oséias 1-3” é o título da monografia do jesuíta Jasson Aníbal Mujica Sánchez, agente da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Belo Horizonte, apresentada por conta de sua recente graduação em Teologia, na Faculdade Jesuíta.
Conforme palavras do autor, na introdução do trabalho acadêmico, a proposta foi mostrar que nos três primeiros capítulos do livro bíblico de Oséias há a descrição de um processo restaurativo similar ao que hoje é chamado de Justiça Restaurativa, “e que essa forma de agir frente à violência e o crime e, em especial frente à vítima e agressor, é o modo com que Deus tem de agir frente a seu povo. Assim, falar de Justiça Restaurativa nos convida a pensar em restabelecer as relações das pessoas com a finalidade de construir um mundo de paz e magnanimidade”, detalha.
A monografia está estruturada em três capítulos: o primeiro revisa os antecedentes históricos da justiça no mundo do Oriente Antigo e Israel; o segundo, descreve a Justiça Retributiva e, o terceiro, apresenta a Justiça Restaurativa em relação ao profeta Oséias.
Na conclusão do trabalho, o autor avalia que nem o modo punitivo nem o retributivo de fazer Justiça são ideais. “Deus, por boca de Oséias, vai propor um modelo restaurativo de justiça, onde a vítima Oséias/Deus vai ser atendida em suas necessidades. Mas o modelo vai colocar no foco o ofensor Gomer/Israel. Todo o esforço será feito para: recuperar o ofensor, fazer que se esqueça de seu agir pecador, responsabilizando-se por sua falta e, junto com a vítima, possam chegar a uma forma de ressarcimento, reconhecer que Oséias/Deus é quem dá os dons e não o Baal, e que o fundamental não consiste em pagar para receber os dons, mas só se precisa amor verdadeiro”, aponta.
Jasson Aníbal também considera que nos âmbitos familiar, escolar, paroquial e pastoral é fundamental que sejam adotados processos restaurativos. “Por exemplo: na Pastoral Carcerária, ajudando as vítimas, proporcionando a assistência espiritual e psicológica necessária às pessoas envolvidas em crime (agressores), acompanhando elas no processo de responsabilização, procurando a implementação de programas para a ajuda psicológica, a educação e capacitação para o trabalho, ajudando elas e seus familiares a se restaurar e a ser pessoas que construam um mundo de paz”, conclui.
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