Grito dos excluídos pauta a defesa da democracia e dos direitos trabalhistas

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As articulações para o Grito dos Excluídos de 2017 se iniciam. O lema, “Por direitos e democracia”, está calcado na realidade do país atualmente, com diversos direitos garantidos à classe trabalhadora sob ameaça, como a aposentadoria.
“Nossos direitos estão sendo atacados e os pobres estão pagando a conta da crise econômica sendo atacados numa tentativa de removê-los e fazer com que os mais pobres paguem pela crise econômica”, diz Karina Pereira, da coordenação e secretaria do Grito dos Excluídos.
Diversas organizações e movimentos sociais já participam do Grito e, mesmo que ele só ocorra em setembro, estes movimentos já realizam ações por todo o país contra as reformas e retiradas de direitos do governo Temer. Nesta quarta (15), diversas organizações por todo Brasil realizam atos e paralisações contra a reforma da Previdência.

gritoPara Karina, a defesa da democracia no Grito condiz com essas mobilizações. “O que a gente vê hoje não é democracia. É uma ditadura disfarçada, onde algumas pessoas decidem os rumos do país e o povo tem que acatar calado. Defendemos uma democracia participativa, com referendos e o povo se manifestando na rua”.
Ela cita que um exemplo claro dessa ditadura disfarçada é o aumento da repressão, prisões e da violência policial às mobilizações de trabalhadores que questionam a retirada de direitos. “A violência do estado, violência urbana, é um dos eixos principais do Grito dos Excluídos. Todo ano denunciamos essa violência, e esse ano não será diferente”.
Já participam da organização do Grito 19 organizações: A comissão 8 da CNBB, a Pastoral da Juventude (PJ), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Cáritas Brasileira (CB), Central dos Movimentos Populares (CMP), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a Pastoral Operária (PO), o Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Rede Jubileu Sul Brasil, Grito Continental, Juventude Operária Católica (JOC), Pastoral Afro Brasileira, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Pastoral da Mulher Marginalizada (PMM), Rede Rua, Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e a Pastoral Carcerária.
Marcelo Naves,integrante da Coordenação Nacional da Pastoral Carcerária, analisa que “o Grito das Excluídas e dos excluídos, fruto das Semanas Sociais organizadas e animadas, dentre tantas organizações, também pela CNBB, sempre foi e é um espaço para a articulação dos movimentos e das pastorais sociais. É preciso avançar cada vez mais para que as mulheres e os homens que sofrem as exclusões, a exploração do capital, a violência estrutural do Estado Penal e as diversas formas de preconceitos possam se empoderar e organizar para a efetivação da dignidade humana e de uma sociedade livre de injustiças. Sobre o foco do ‘Grito’ de 2017, tenhamos claro o que o Papa Francisco já apontou em seus últimos escritos, que enquanto estivermos submetidos ao império do livre mercado, não haverá melhorias em relação aos direitos e à democracia.”

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