Em visita à Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto, em Cuiabá (MT), agentes da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Cuiabá constataram que há presas isoladas no Raio 5, por estarem com tuberculose, doença infectocontagiosa bacteriana, que afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo.
Em conversa com as agentes da PCr, as mulheres reclamaram da demora no diagnóstico e isolamento, apesar de algumas já apresentarem os sintomas, e demonstraram preocupação com a doença, especialmente porque mantiveram contato com parentes e voluntários religiosos na última semana e temem contaminar os visitantes.
Além de sofrer com a doença, algumas presas têm enfrentado a pressão das colegas e são acusadas de “passar” a tuberculose para as outras.
Nesta unidade prisional na capital do Mato Grosso, há filhos de mulheres presas, além de gestantes e soropositivas, sendo que este último grupo tem 30 vezes mais chances de contrair doenças, isso em condição de liberdade. Vale lembrar que por conta das condições de insalubridade, as pessoas presas tem 25 vezes mais chances de adquirir tuberculose.
Em junho, em reportagem do portal G1, a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos do Mato Grosso (Sejudh) admitiu que todas as unidades prisionais da região metropolitana de Cuiabá estão com registros de casos de tuberculose.
Com informações da PCR de Cuiabá