A Pastoral Carcerária da Diocese de Apucarana (PR) realizou na terça-feira, 13 de agosto, visita ao minipresídio da cidade, um dia após um preso ter sido encontrado morto em uma das celas.
Davi Fernando Cesário, 22 anos, estava preso por suspeita de tráfico de drogas e teria falecido em decorrência de complicações pulmonares. Na quarta-feira, dia 14, equipes da Autarquia Municipal de Saúde coletaram amostras de 16 presos que tiveram contato com Davi e com outro detento tuberculoso que foi transferido para o Complexo Médico Penal, em Piraquara, nas proximidades de Curitiba.
Pelas análises de sangue será possível saber se houve contaminação dos detentos pelo Bacilo Koch, causador da tuberculose, doença que em celas superlotadas como a do minipresídio de Apucarana tem grande potencial de multiplicação.
O local, construído com capacidade para 120 presos, tem hoje 21 mulheres e 259 homens detidos na unidade de custódia cautelar, a chamada prisão temporária. Em celas que teriam capacidade para cinco detentos, convivem até 13 pessoas.
Segundo Carlos Ferreira de Andrade, coordenador diocesano da Pastoral Carcerária, a maioria dos detentos tem pouca escolaridade e histórico de desagregação familiar, decorrentes da exclusão social imposta aos detentos de forma velada. Segundo ele, “além melhorar as condições no minipresídio, a sociedade precisa melhorar como um todo para minimizar o problema da criminalidade”, avaliou.