Com a temática “Profecia a serviço da dignidade humana”, a Pastoral Carcerária no Regional Leste 2 (Minas Gerais e Espírito Santo) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou de 19 a 21 de abril, na Arquidiocese de Juiz de Fora (MG), sua assembleia, tendo assessoria do padre Marcelo Barros e a participação da irmã Petra Silvia Pfaller, vice coordenadora nacional da Pastoral.
A atividade realizada na Paróquia Nossa Senhora Aparecida foi encerrada com missa, presidida por dom Gil Antônio Moreira, arcebispo de Juiz de Fora, e contou também com a participação de cerca de 30 detentos do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), bem como de seus familiares e dos diretores da unidade prisional.
A participação dos encarcerados faz parte do projeto “Preso na Missa – recuperando pela oração”, que já acontece uma vez por mês na comunidade e é uma parceria entre a Pastoral Carcerária da cidade e o Ceresp.
Na homilia, o Arcebispo comparou a data da celebração, o Domingo do Bom Pastor, com o trabalho do grupo católico. “O agente da Pastoral Carcerária é o Bom Pastor. Sua missão é ajudar os irmãos que estão nessa situação de opressão. Todos nós estamos em situação de risco e Cristo quer tirar todos do perigo”, destacou.
Um dos participantes do encontro, Laércio Santos, veio da Diocese de Araçuaí (MG) e garantiu que vai levar muitos bons exemplos para sua cidade. Já Luiz Melchíades da Costa, da Diocese de Governador Valadares (MG), conta que vai “usar a semente do encontro para fortificar a caminhada de seu grupo”, que já atua há dez anos na cidade de Aimorés. Outro participante que veio de Governador Valadares, Milton Ribeiro, ressaltou que ter contato com os projetos da pastoral de Juiz de Fora foi algo muito marcante.
Ao final do encontro, os participantes publicaram uma carta, na qual, em um dos trechos, reafirmam que “qualquer tipo de prisão constitui uma contradição ao Projeto do Reino, portanto, recordamos que fazer Pastoral Carcerária não é fazer pastoral do cárcere, mas no cárcere. Os agentes da Pastoral Carcerária têm consciência de que não levam Deus aos encarcerados, porque Deus faz a sua morada em todos os corações. Todos nós, homens e mulheres, somos imagem e semelhança Dele”.
Fonte: CNBB e Blog da Pastoral Carcerária de Varginha