Diante de recentes polêmicas sobre o sistema prisional de Pernambuco, incluindo a renúncia do então secretário de Ressocialização do Estado, Humberto Inojosa, a Arquidiocese de Olinda e Recife realizou, em 13 de janeiro, uma reunião com representantes do governo para discutir a situação dos presídios estaduais.
Na oportunidade, integrantes da Pastoral Carcerária junto a outras lideranças fizeram novas denúncias de descaso dentro das unidades prisionais em Pernambuco. Situações como o tráfico de drogas, falta de assistência à saúde dos presos e casos de tortura foram apontados como problemas a serem combatidos pelo governo do estado.
“A gente se sente desafiado a fazer alguma coisa. Não podemos ficar condenando sem saber qual a base desses jovens. Se o governo não investir em educação, nada vai mudar. Vamos formar um grupo que possa visitar os presídios e ser agente para essa transformação”, destacou o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido.
O Secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, afirmou que o papel da Igreja é fundamental para um novo cenário distante da violência característica destes locais de confinamento. “O Estado, agentes penitenciários e Polícia tem o dever de manter a ordem, mas precisamos da Igreja e da sociedade para propagar uma cultura de paz. O Estado sozinho não é capaz de fazer isso”.
No dia 31 de janeiro, integrantes da PCr da Arquidiocese de Olinda e Recife e das Novas Comunidades participarão de uma formação na sede regional da CNBB, para traçar estratégias de atuação em prol da garantia de direitos da população carcerária.
Fonte: Assessoria de imprensa da Arquidiocese de Olinda e Recife