A Pastoral Carcerária para a Questão da Mulher Encarcerada realizou no dia 30 de junho a primeira formação sobre a Agenda Nacional pelo Desencarceramento das Mulheres, lançada em março deste ano, com o objetivo de refletir as especificidades atribuídas às mulheres privadas de liberdade e ações que concretizam os objetivos da agenda pelo desencarceramento.
Estiveram presentes nesta formação mais de 50 agentes e coordenadoras que visitam mulheres encarceradas de praticamente todos os Estados do Brasil.
Apesar do tempo frio em algumas cidades, a noite pôde esquentar com os debates e discussões calorosas abordados pelos/as voluntários/as da PCr, que trouxeram propostas de ações focadas na prática de quem adentra o cárcere e percebe que os pontos tratados na Agenda devem ser executados, com o objetivo de reduzir a população carcerária e os danos causados pela prisão.
As e os agentes presentes entendem que o desencarceramento não é utopia, mas sim a realização do plano de Deus, que nos criou para sermos livres.
A reflexão coletiva da Agenda nos traz a certeza sobre o mundo sem cárceres e a necessidade de uma ação conjunta da Pastoral Carcerária, órgãos do sistema de justiça e sociedade civil organizada, num esforço maior de contribuir para a efetivação de políticas públicas às populações vulneráveis e de acolhimento às mulheres privadas de liberdade e suas famílias.
Apesar das dificuldades em adentrar o cárcere, os e as voluntárias seguem firmes, buscando estar presentes junto aos órgãos competentes dos seus Estados, para que os seus direitos sejam cumpridos.
Encerramos nosso encontro com bastante sintonia e preocupação, pois a pandemia que mais mata hoje é a pandemia da indiferença e do descarte. É preciso trocar as lentes e enxergar a pessoa privada de liberdade com os olhos de Jesus, um olhar de amor e acolhimento.