No dia a dia das prisões, as mulheres enfrentam dilemas e fragilidades na área de saúde em momentos diversos como quando estão doentes ou grávidas e também em situações mais delicadas, como no caso do tratamento de uma DST e de transtornos mentais.
A atenção a esses aspectos é tratada no artigo “Saúde da Mulher Presa”, elaborado pelo Padre Almir José Ramos, assessor nacional de saúde da Pastoral Carcerária, a partir do manual Atenção à saúde da Mulher privada de liberdade.
“Os agravos decorrentes do confinamento podem potencializar doenças psicossociais. Os profissionais que atuam nesses locais deveriam ter um olhar atento para a identificação de possíveis transtornos mentais e para o uso de álcool e de outras drogas. Assim, o impacto que a situação de privação da liberdade tem sobre as mulheres pode desencadear transtornos mentais ou potencializar os já existentes (SANTOS; BERMUDEZ, 2012)”, consta em um dos trechos do artigo.
Em outro trecho, o assessor nacional de saúde da PCr relembra que “o trabalho desenvolvido pelas equipes de Atenção Básica é fundamental para a prevenção de doenças, o diagnóstico precoce e o acompanhamento das mulheres. Não deve ser diferente para as equipes de saúde nas prisões. Assim, entre as ações desenvolvidas na rotina dessas equipes, destacam-se aquelas relacionadas ao controle dos cânceres do colo de útero e de mama”.
O Padre ainda lista uma série de doenças que afetam as mulheres presas e merecem destaca atenção como a tuberculose, doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade.