Conic lança e-book Mulheres: Fé, Direito e Justiça

 Em Mulher Encarcerada, Notícias, Saúde no cárcere

Do Conic

É com muita alegria que apresentamos este e-book, que é o resultado do projeto que o CONIC abraçou: apoio a lideranças femininas nas igrejas para a superação da desigualdade de gênero, cujo objetivo era o de “fortalecer o papel das mulheres de fé para a promoção da justiça de gênero, ampliando suas capacidades para a busca da igualdade, bem como para o enfrentamento de normas sociais que propagam a violência de gênero”.

As rodas de conversa com o tema “Mulheres: Fé, direitos e justiça” trouxeram reflexões e desafios, entre eles, o de “identificar os limites bíblico-teológicos, pastorais e diaconais que persistem nas comunidades de fé para que as mulheres sejam plenamente reconhecidas em sua dignidade e protagonismo”.

Este e-book quer tornar visível a invisibilidade da mulher. As mulheres são visíveis para os trabalhos de limpeza, organização dos espaços litúrgicos, visitação às pessoas doentes, mas são invisíveis nos espaços de liderança, ordenação e participação igualitária aos homens, o que impede o protagonismo que lhes é de direito.

Queremos dar visibilidade às mulheres de diferentes religiões, que compartilham aqui suas experiências de vida e de fé, sua visão de mundo e sua busca de dignidade, exercendo sua autonomia e protagonismo. Em pleno século XXI, ainda nos deparamos, na maioria das comunidades de fé, com um sistema patriarcal de poder, hierarquia e religiosidade, mas encontramos, nessas mesmas comunidades, mulheres que buscam e exercem o diálogo, o respeito mútuo, a sororidade, a solidariedade e a resiliência na busca do bem viver, procurando apropriar-se de seus espaços para serem protagonistas de sua história.

A análise da diaconia nas comunidades de fé, com a dicotomia “trabalho assistencial x resgate de autonomia e direitos”, encerra este e-book e convida, especialmente as lideranças religiosas, a fazerem uma autoavaliação de seu trabalho e missão. Diaconia é serviço à pessoa próxima, não com assistencialismo, mas com voz profética que se concretiza na promoção dos valores do Reino de Deus (Cf.: Zc 7.8-10; Mt 5; Lc 16.39-31), que se concretiza na paz com justiça, na equidade de direitos, no bem viver.

Não podemos deixar de mencionar que a pandemia de COVID-19 tornou visíveis as desigualdades em nosso país, com o aumento da violência doméstica; houve um crescimento de 14,1% no número de denúncias feitas nos primeiros quatro meses de 2020 em relação a 2019. Segundo dados da ONU Mulheres Brasil, a cada duas horas uma mulher é assassinada, e o lar/ambiente doméstico é o espaço de maior risco para as mulheres.

No centenário de nascimento de dois brasileiros que dedicaram sua vida à defesa de direitos e da vida, convidamos você para mudarmos os dados e as histórias explicitados aqui, oportunizando a conjugação do verbo “Esperançar”, segundo Paulo Freire, e seguindo “De esperança em esperança”, como fazia D. Paulo Evaristo Arns.

CLIQUE AQUI e faça o download

Texto de apresentação: Anita Whright Torres,
presbítera da Igreja Presbiteriana Unida e primeira vice-presidente do CONIC

 

DEIXE UM COMENTÁRIO

Volatr ao topo