Esta manhã, ouvi a notícia da boca de uma irmã minha [sobre o veto da distribuição gratuita de absorventes às mulheres de baixa renda], quando fui visitar minha mãe. Fiquei estupefato com a postura do presidente que tem apenas o nome de “Messias”, mas a postura, fala e atitudes difere do verdadeiro. Agora, meus irmãos, analisemos a cena da mulher que sofria de fluxo menstrual, que era excluída, e que ao tocar a orla (peça do vestuário de Jesus) do vestido do nosso Mestre, pela fé foi curada.
Ora, se Jesus tivesse uma postura como a deste chefe da nação brasileira, aquela mulher estaria ainda sangrando até o ocaso de sua existência. Pensemos o quão constrangedor para uma mulher que está nos dias de menstruação não ter este utensílio de higiene pessoal, que a permite a viver estes dias de regra com tranquilidade e conforto, sem precisar se excluir do convívio social. Lamentável a atitude deste nosso presidente.
Nasci entre 6 mulheres, sendo o único filho do sexo masculino, convivi com elas até completar os 18 anos, quando saí de casa, e depois que me casei, há 20 anos convivo com minha esposa e sei muito bem o quanto é importante para a mulher ter absorventes para poder ter tranquilidade. No entanto, por ser caro, nem todas têm condições de comprar todo mês.
Então, vetar este serviço às mulheres de baixa renda é um desserviço à sociedade brasileira, além de uma atitude anticristã. Lembremos da sensibilidade de Jesus, que curou aquela mulher, restituindo-lhe a dignidade.
Jesus nos ensinou a sermos atenciosos e respeitosos para com todas as mulheres, desde quando se encarnou no seio virginal de Maria, escolhendo-a para ser sua mãe, e na cruz nos doando sua mãe para ser também nossa. Em todos os relatos da Bíblia, Deus enaltece a figura feminina. Jesus lhes restituiu a dignidade em meio à cultura machista do Judaísmo. Hoje, infelizmente, ainda vemos reminiscências desta cultura que coisifica a figura feminina.
Jesus veio resgatar a dignidade da mulher, a começar por sua mãe. Então, não podemos aceitar, em pleno século 21, uma postura como esta. Parabéns as mulheres que com coragem manifestam sua indignação.
Djair Claudiano da Silva, advogado previdencialista e criminalista do RN.