Na semana em que se comemorou o Dia Internacional dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro, a Pastoral Carcerária do Rio Grande do Sul realizou um encontro sobre Justiça Restaurativa na Catedral Nossa Senhora Aparecida, em Passo Fundo (RS).
Agentes da PCr de diferentes partes do Rio Grande do Sul participaram da atividade conduzida pela Irmã Imelda Maria Jacoby, coordenadora estadual da Pastoral, que destacou ser este um momento fundamental para discutir as questões jurídicas no país e pensar em um modelo que não seja punitivo.
Segundo a Irmã, a proposta do encontro foi fazer com que todos cresçam na compreensão dos fundamentos da Justiça Restaurativa. “Foi uma oportunidade de reflexão e de conscientização, pois a Justiça punitiva que nós temos não restaura, contribui muito pouco”, enfatizou em entrevista à rádio RD Planalto.
Para refletir detalhes sobre o assunto, participou do encontro a doutora Petronella Bonnem, que tem acompanhado a realidade da Justiça Restaurativa na América Latina.
Para ela, o momento requer análise e aprofundamento, especialmente pela discussão em torno da redução da maioridade penal, que ela não vê como algo ideal.
“É um desafio falar de Justiça restaurativa numa sociedade que cada vez mais quer punir, mas isso não resolve, pois os presídios estão cada vez mais cheios. As pessoas saem, e 70% acabam voltando para o presídio. Punir dessa forma não resolve. A Justiça Restaurativa é uma oportunidade para interromper essa reprodução da violência”, declarou Petronella também em entrevista à rádio.
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