Em São Mateus (ES), PCr realiza curso sobre fundamentos da Justiça Restaurativa

 Em Justiça Restaurativa

No começo de fevereiro, a Pastoral Carcerária da Diocese de São Mateus, no Espírito Santo, deu início ao Curso de Fundamentos e Práticas da Justiça Restaurativa.
O Curso foi ministrado em três etapas, sendo a 1ª etapa voltada para a compreensão dos Fundamentos da Justiça Restaurativa (carga horária de 40 horas), a 2ª etapa, as Práticas da Justiça Restaurativa (carga horária de 40 horas) e a 3ª etapa, Capacitação de Multiplicadores dos Fundamentos da Justiça Restaurativa (carga horária de 20 horas).
Participaram 60 agentes de d2002 novo Justiça restaurativaiversos segmentos: pastorais, movimentos, advogados, professores, agentes de unidade prisionais, religiosos das mais diversas denominações, lideranças comunitárias e comunidade geral, com o intuito de fomentar uma cultura de paz e capacitar pessoas que venha empregar as práticas da Justiça Restaurativa nos diversos campos de atuação: unidades prisionais, escolas, projetos sociais, dentre outros segmentos.
O curso foi assessorado pela Irmã Imelda Maria Jacoby, vice-coordenadora da Pastoral Carcerária no Estado do Rio Grande do Sul, e uma das referências sobre este assunto no Brasil.
A Justiça restaurativa é uma forma diferenciada da justiça tradicional, na medida em que tanto o agressor, quanto a vítima, quanto a comunidade de ambos sentam e cada qual reconhece a possibilidade de uma conversa. Cada um tem um tempo necessário para se expressar diante dessa dor, diante da agressão que aconteceu. Em um primeiro momento, essa conversa é feita individualmente, depois que cada um aceita, o encontro acontece. Então, a vítima se expressa como se sente após essa agressão e vai colocando o seu sentimento e as marcas que essa agressão deixou para ela, que tanto podem ser físicas ou psicológicas. Esse diálogo abarca as pessoas que envolvem essa vítima, ligadas a ela, pessoas com as quais tem laços afetivos. Mas o agressor, também diz o que estava pensando, o que foi que o levou a fazer aquilo. No diálogo há sempre o facilitador e o co-facilitador. Na justiça restaurativa, a conclusão fundamental deve nascer do grupo, não é o facilitador que vai dar uma ideia ou uma proposta.
Além de falar aos participantes do curso, Irmã Imelda também apresentou os fundamentos da Justiça Restaurativa em uma sessão na Câmara de Vereadores de São Mateus, destacando que os benefícios da Justiça Restaurativa não ocorrem apenas no sistema prisional, mas também em todos os âmbitos e organizações sociais.
O bispo da Diocese de São Mateus, Dom Paulo Bosi Dal´Bó, participou de um dos dias da atividade. Ele abençoou os cursistas e parabenizou a todos que organizaram a atividade.
 

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