Em 2016, Ano da Misericórdia e Justiça Restaurativa são focos da PCr do Ceará

 Em Justiça Restaurativa

O ano de 2016 foi extremamente frutuoso para a Pastoral Carcerária do Ceará, especialmente nas ações voltadas ao Jubileu extraordinário da Misericórdia e às práticas da Justiça Restaurativa.
Também houve a disseminação dos conceitos da Agenda Nacional pelo Desencarceramento, visitas, formação com os agentes da Pastoral, diálogo contínuo com a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (SEJUS) e outras entidades envolvidas com o sistema carcerário; atenção às mulheres beneficiadas pelas alterações da Lei 13.257/ 2016 (políticas públicas voltadas à primeira infância).
PCR CearaSegundo o Padre Marco Passerini, coordenador estadual da Pastoral Carcerária, por ocasião do Ano Santo extraordinário da Misericórdia foram realizadas celebrações com o tema da Misericórdia, com via Sacra, Missa de Lava Pés, confissões, Romaria com Nossa Senhora Aparecida, abertura da Porta Santa em algumas dioceses.
Ainda nesse contexto, houve a sensibilização por meio de folder, distribuídos inclusive entre as paróquias e dioceses; encontros para novos agentes de pastoral; palestras em universidades, com participação da Pastoral na Semana Teológica da Faculdade Católica, com o tema “Castigo, Justiça e Misericórdia”; Escola do Perdão e Reconciliação (ESPERE) com técnicos responsáveis pela Central de Alternativas Penais – CAP e Vara de Penas Alternativas e Habeas Corpus – VEPAH; ESPERE com as dioceses de Itapipoca e Limoeiro do Norte; Terapia Comunitária e Círculos Restaurativos no Presídio Feminino, inclusive dentro das vivências; Círculos Restaurativos no presídio; Atendimento Jurídico no Presídio Feminino e CPPL IV; ESPERE com egressos da CISPE; Círculos Restaurativos no CEJA; Retiro Espiritual com a temática da Misericórdia com os agentes de Pastoral.
Padre Marcos Passerini também comentou sobre os avanços alcançados em relação a 2015. “Apesar das grandes dificuldades surgidas em decorrência dos transtornos do mês de Maio (greve de agentes, rebelião e morte de internos), a relação entre Pastoral e SEJUS se tornou mais estreita. O contato com diretores de unidades, judiciário, COSIPE e entidades afins ganhou força e unidade; hoje a pastoral Carcerária tem permissão para entrar nas vivências do Presídio Feminino, após anos de persistência”, detalhou.
O coordenador estadual recordou, ainda, que a Pastoral Carcerária do Ceará publicou uma “Carta aberta” sobre a situação dos presídios após as rebeliões; e que o arcebispo de Fortaleza, Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, sempre está informado acerca do sistema penitenciário do estado e auxilia na intervenção junto ao governador. Além disso, a Pastoral mantém diálogo contínuo com as corregedorias do Judiciário e Ministério Público.
Para 2017, a Pastoral pretende ampliar as ações sobre os Fundamentos em Prática de Justiça Restaurativa (estímulo da cultura de justiça restaurativa por meio de diversas ações) e a Agenda Nacional pelo Desencarceramento, mantendo o diálogo com as instituições e visitas. A Pastoral no Ceará também têm a expectativa que a coordenação nacional da PCr mantenha as formações que realizou em 2016 e fortaleça as ações de Justiça Restaurativa.

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