COLHENDO OS FRUTOS DA JUSTIÇA RESTAURATIVA

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A formação de facilitadores (as) tem multiplicado o sonho de uma justiça onde a promoção da dignidade humana e a busca por um mundo sem cárceres se torne real na vida das pessoas. Erika Lúcia Leite, membro da pastoral de Pernambuco, é mais um fruto deste modelo que visa a restauração via Círculos de Construção de Paz.

O trabalho da Justiça Restaurativa é a antítese da atual Justiça Punitiva. Durante o curso os cursistas aprendem a usar métodos como: escuta ativa, diálogo, reparação dos danos, integração da comunidade e outros meios de resolver conflitos mantendo mais saudável possível as relações.

Como uma Pastoral sociotransformadora é inviável comungar com um tipo de justiça que tem como base valores individualistas e vão contra o ser humano. Exclusão, violência, irresponsabilidade e sofrimento são apenas umas das várias palavras que caracterizam os sistemas carcerários.

Famílias, pessoas privadas de liberdade, vítimas, agentes e toda a sociedade sofre com este ciclo punitivo e falho. Para isso, a Justiça Restaurativa vem desafiando a partilha e a convivência das diferenças afim de propor uma nova realidade mais consciente.

As prisões são os principais alvos para essa transformação e a formação de facilitadores (as) é a ponte para disseminação de esperança e alternativa para reconectar a paz entre todos os envolvidos. O processo de aprendizado perpassa não só a vida dos encarcerados (as), mas sim de todas os que se comprometem por um “mundo sem cárceres”.

Utopia é acreditar que encarcerar resolve os conflitos sociais. Desde 1970, a prática vem sendo luz para o Brasil e para outros países. A Pastoral Carcerária abraçou esta metodologia e caminha ao lado dos privados de liberdade embasando-se na Escola do Perdão e da Reconciliação (ESPERE) promovendo a libertação, o apoio e a restauração dos vínculos.

Texto:

Maria Ritha Ferreira da Paixão

Vera Dalzotto – Assª da Justiça Restaurativa das Pastoral Carcerária Nacional

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