Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo escrito pela comunidade de João 18,1-19,42
Prenderam Jesus e o amarraram.
12 Então, os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram.
13 Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o Sumo Sacerdote naquele ano. 14 Foi Caifás que deu aos judeus o conselho: “É preferível que um só morra pelo povo”.
15 Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do Sumo Sacerdote e entrou com Jesus no pátio do Sumo Sacerdote. 16 Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do Sumo Sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. 29 Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse: “Que acusação apresentais contra este homem?” 30 Eles responderam: “Se não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti!”31 Pilatos disse: “Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a vossa lei”. Os judeus lhe responderam: “Nós não podemos condenar ninguém à morte”. 32 Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer.
36 Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”.37 Pilatos disse a Jesus: “Então tu és rei?” Jesus respondeu: ‘Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”. 38 Pilatos disse a Jesus: “O que é a verdade?”
17 Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado “Calvário”, em hebraico “Gólgota”. 18 Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. 25 Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26 Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”.27 Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.
28 Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse: “Tenho sede”. 29 Havia ali uma jarra cheia de vinagre.
Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30
Ele tomou o vinagre e disse: “Tudo está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
A verdade deste momento é uma só: tudo está consumado! A hora chegou e passou. O passado é passado e agora começa o novo mundo que não tem mais volta, que não tem mais se ou mas, trata-se de acolher e silenciar para ouvir o que está brotando dentro de nós.
Esta morte não é uma simples derrota, ela é o sinal da contradição humana que não consegue dialogar com a vida, não consegue superar a violência e a escuridão do ódio, e por isso o que parecia o castigo de Deus é pelo Cristo, ungido do Pai e do Espírito Santo, o caminho do amor e da vida sem fim e sem tempo.
É a terra que acolhendo em seu seio o Cristo dormente renova a Criação, onde nasce a Terra sem males, a ecologia que a todos irmana no amor e onde não mais temos exclusões, muros e prisões.
Ó Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo destruístes a morte que o primeiro pecado transmitiu a todos. Concedei que nos tornemos semelhantes ao vosso Filho e, assim como trouxemos pela natureza a imagem do homem terreno, possamos trazer pela graça a imagem do homem novo. Por Cristo, nosso Senhor.