Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo escrito pela comunidade de Mateus 26,14-25
O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que o trair.
14 Um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15 e disse: “O que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata.
21 Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. 22 Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?”
23 Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. 24 O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!”
A traição em si é um ato covarde e o é ainda mais quando vem de alguém em que se confia de forma cega. Neste caso um das pessoas que fazem parte do foro intimo de Jesus se alia com o sistema e com o poder vendendo o próprio Mestre. Judas Iscariotes é cegado pelo poder e pelo dinheiro, e esta cegueira o condena a morrer, a perder o sentido da vida.
Ele ao colocar a mão no prato trai, nega a vida, e recusa o próprio mestre. Quantas vezes temos a tentação de nos aliar ao poder, ao sistema e colocar a mão no prato de nossos irmãos e irmãs tirando-lhe a vida. E aqui ressoam as palavras fortes da escritura: melhor seria que nunca tivesse entrado na Pastoral Carcerária.
A Campanha da Fraternidade lembra-nos nosso compromisso libertador: “dai-lhes vós mesmo de comer”.
Oremos.
Pai de bondade, ao ver a multidão faminta, vosso Filho encheu-se de compaixão, abençoou, repartiu os cinco pães e dois peixes e nos ensinou: “dai-lhes vós mesmos de comer”. Confiantes na ação do Espírito Santo, vos pedimos: inspirai-nos o sonho de um mundo novo, de diálogo, justiça, igualdade e paz; ajudai-nos a promover uma sociedade mais solidária, sem fome, pobreza, violência, prisões e guerra; livrai-nos do pecado da indiferença com a vida. Que Maria, nossa mãe, juntamente com as tantas marias, maes de nosso tempo, interceda por nós para acolhermos Jesus Cristo em cada pessoa, sobretudo nos abandonados, esquecidos e famintos nas prisões e nas periferias humano existenciais desse nosso. Amém