Páscoa, teimosia de mulheres quando ainda as luzes não clarearam o dia e correm até o sepulcro à procura do amado.

Páscoa, uma pedra tirada do sepulcro, um anúncio de que àquele que procuram não está mais aí, Ele vive.

Páscoa, um sudário com as marcas de seu rosto, panos enrolados no canto, a ânsia de Maria de Magdala que procura e fica chorando o amado.

Páscoa, Pedro e outro discípulo, o amado que vão correndo ao sepulcro, para poder compreender as escrituras e acreditar.

Páscoa, um casal de discípulos, entristecidos a caminhos de Emaús, e Tomé, o menor que só acredita se vê, se coloca os dedos e as mãos nas feridas.

Páscoa, é o anoitecer daquela noite, o primeiro dia da semana, com as portas trancadas pelo medo, e Jesus no meio deles, mostrando as mãos e os lados, desejando-lhes a paz, soprando sobre eles o Espírito e enviando-os em missão.

Páscoa, é presença de homens e mulheres, batizados e batizadas, nos cárceres, sepulcros de nosso tempo, tirando deles as pedras e proclamando que ele vive e ressuscita a cada momento nos passos que constroem sem parar o sonho de um mundo sem prisões.

Feliz Páscoa aos irmãos e às irmãs privadas de liberdade, aos seus famílias, aos e as agentes de pastoral carcerária, sinais vivos de ressurreição, e a todos quantos sonham com a vida em plenitude.

Coordenação Nacional da Pastoral Carcerária