A Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Ribeirão Preto, no interior paulista, vivenciou o Jubileu dos Presos dentro do Ano Jubilar Extraordinário da Misericórdia, com atendimentos de confissões e celebrações eucarísticas, em cinco das nove unidades prisionais existentes no território da Arquidiocese.
Com o objetivo de possibilitar àqueles que estão privados da liberdade a vivência efetiva do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, este momento fez com que os presos pudessem experimentar a misericórdia do Pai, conforme orienta, de modo especial, o Papa Francisco ao referir-se a uma das formas de obter as indulgências. “Nas capelas dos cárceres poderão obter a indulgência, e todas as vezes que passarem pela porta da sua cela, dirigindo o pensamento e a oração ao Pai, que este gesto signifique para eles a passagem pela Porta Santa, porque a misericórdia de Deus, capaz de mudar os corações, consegue também transformar as grades em experiência de liberdade”.
As celebrações ocorreram nos seguintes dias e unidades prisionais: 29 de outubro, na Penitenciária de Serra Azul 2, em Serra Azul; 3 de novembro, no Centro de Detenção Provisória, Unidade de Semiaberto, em Ribeirão Preto, e no Centro de Detenção Provisória, Unidade de Semiaberto, em Pontal; 4 de novembro, na Penitenciária de Serra Azul 1, em Serra Azul e, finalizando, no dia 12 de novembro, na Penitenciária Feminina, em Ribeirão Preto.
A presença do arcebispo Dom Moacir Silva; de agentes da Pastoral Carcerária; do assessor eclesiástico da Pastoral Carcerária, Padre João Rípoli; do coordenador de pastoral, Padre Luis Gustavo Tenan Benzi; e também de outros padres e diáconos sinalizou a esperança na misericórdia de Deus para aqueles que por circunstâncias da vida estão privados de liberdade.
A leitura da parábola do Filho Pródigo (Lc 15, 11-32) guiou as reflexões da Liturgia da Palavra. Como filhos que se afastam do Pai, mas, arrependidos, retornam e alcançam o abraço do Pai Misericordioso, que está sempre de braços abertos à espera de todos.
Dom Moacir Silva comentou a respeito das celebrações nas unidades prisionais e avaliou como edificante o gesto ser ponte e levar a misericórdia do Pai aos detentos. “Celebrar o Jubileu da Misericórdia nas unidades prisionais foi uma experiência muito rica; ser instrumento da misericórdia divina para os irmãos e irmãs em situação de prisão foi uma grande graça. O Papa Francisco quis que a misericórdia chegasse a todos que mais precisam do perdão de Deus. O Jubileu nas unidades prisionais foi uma grande experiência de perdão.
Precisamos estar mais presentes em tais unidades. Vi isso com muita clareza. Sai de uma delas com o compromisso de voltar, por ocasião do Natal, para celebrar a Eucaristia”, expressou o arcebispo.
De acordo com o coordenador de pastoral, Padre Luis Gustavo, essas celebrações foram “sem dúvida nenhuma, o ponto crucial da celebração do Ano Santo em nossa Arquidiocese. Todos os participantes, tanto os Padres como o Arcebispo e demais membros envolvidos, quanto os detentos, sentiram-se profundamente marcados pelo amor e misericórdia do Pai. Foi um momento enriquecedor”, destacou padre Gustavo.
Vislumbrando a conclusão do Ano Santo da Misericórdia, o Papa Francisco pediu às Igrejas do mundo inteiro que estabelecessem, em cada (Arqui) Diocese, um gesto concreto que ficasse como marco do Jubileu da Misericórdia. Este mesmo pedido foi confirmado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no decorrer de sua 54ª Assembleia Geral.
A Arquidiocese de Ribeirão Preto assumiu, portanto, no encerramento do Ano Santo da Misericórdia, 13 de novembro, como gesto concreto o apoio à Pastoral Carcerária, para que seus trabalhos sejam assumidos, ampliados e difundidos, procurando anunciar a misericórdia de Deus aos irmãos privados de liberdade. Uma cartilha foi preparada e distribuída a toda a Arquidiocese, como meio de divulgação e conhecimentos dos trabalhos da Pastoral.
Fonte: Arquidiocese de Ribeirão Preto