Papa Francisco, sobre os presos: "a queda deles poderia ter sido a minha"

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Livro papa FranciscoFoi lançado em 12 de janeiro, em 86 países, o livro-entrevista “O nome de Deus é misericórdia”, que traz declarações do Papa Francisco sobre o pecado, a corrupção, o perdão, a Igreja e ele próprio.
“O Papa é um homem que tem necessidade da misericórdia de Deus”, confidencia Francisco ao vaticanista Andrea Tornielli, do jornal La Stampa, que conduziu a entrevista.
No livro, o Papa revela ter uma atenção afetuosa com os presos e confidencia que cada vez que passa “pela porta de uma prisão para uma celebração ou para uma visita”, sempre vem em sua mente “este pensamento: porque eles e não eu?”.
“A queda deles poderia ter sido a minha”, observa o Papa Francisco, acrescentando que não se sente “melhor” do que aqueles que estão diante dele.
Francisco diz que pode ler a própria vida “através do capítulo 16 do livro do profeta Ezequiel”, que “fala da vergonha, e a vergonha é uma graça”, porque “quando alguém experimenta a misericórdia de Deus, sente uma grande vergonha de si próprio, do próprio pecado”.
No livro, o Papa enfatiza: “A Igreja não está no mundo para condenar, mas para permitir o encontro com aquele amor visceral que é a misericórdia de Deus”. Segundo Francisco, a “Igreja condena o pecado porque deve dizer a verdade”, mas “abraça o pecador que se reconhece como tal, aproxima-se dele, fala a ele da misericórdia infinita de Deus”.
Neste sentido, Francisco recorda a Parábola do Pai misericordioso e do filho pródigo, lembrando que o Senhor está sempre “à nossa espera”
O Sumo Pontífice manifesta, ainda, a vontade de que “o Jubileu Extraordinário faça surgir sempre mais o rosto de uma Igreja que redescubra as vísceras maternas da misericórdia e que vá de encontro aos tantos feridos, necessitados de escuta, compaixão, perdão, amor”.
A apresentação do livro no Vaticano contou com a presença de Andrea Tornielli, do Cardeal Parolin, do ator Roberto Benigni e do preso Zhang Agostino Jianquing, que manifestou gratidão ao Papa pela atenção com as pessoas presas.
“Caro Papa Francisco, obrigado pelo afeto e a ternura que jamais deixa de nos testemunhar. Obrigado por seu incansável testemunho. Obrigado pelas páginas deste livro das quais emerge o coração de um pastor misericordioso. E nós o recordamos sempre em nossas orações”, afirmou Zhang.
 
Fontes: ACI e Rádio Vaticano
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