Nota da Pastoral Carcerária Nacional em solidariedade ao Padre Julio Lancellotti

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“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus”. (Mt 5:10)

A Pastoral Carcerária Nacional vem manifestar seu apoio e solidariedade ao Padre Julio Lancellotti, que realiza há anos um trabalho incansável de defesa dos direitos humanos e acolhimento da população de rua em São Paulo.

Lancellotti pode ser alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que será instaurada na Câmara Municipal de SP, que tem como objetivo colocar em dúvida sua conduta e missão.

Em nota, a Arquidiocese de São Paulo se disse surpresa com a possível instalação da CPI. “Perguntamo-nos por quais motivos se pretende promover uma CPI contra um sacerdote que trabalha com os pobres, justamente no início de um ano eleitoral? Padre Júlio não é parlamentar. Ele é o Vigário Episcopal da Arquidiocese de São Paulo “para o Povo da Rua” e exerce o importante trabalho de coordenação, articulação e animação dos vários serviços pastorais voltados ao atendimento, acolhida e cuidado das pessoas em situação de rua na cidade. Reiteramos a importância do trabalho da Igreja junto aos mais pobres da sociedade”.

Esse tipo de atitude com quem defende a vida e os direitos humanos não é novidade; pelo contrário, ela existe há 2024 anos.

Os cristãos que seguem os ensinamentos de nosso senhor Jesus – também perseguido e morto por estar ao lado dos pobres e marginalizados – são sempre perseguidos, atacados e difamados, pois estar junto dos oprimidos, expondo o quão desigual e cruel nossa sociedade é, incomoda quem tem poder.

Padre Julio, não desanime. Todos os cristãos e cristãs que são a Igreja que sai ao encontro dos pobres, como clama o Papa Francisco, estão do seu lado, na luta por um mundo sem desigualdade social, violência estrutural, pobreza ou prisões.

Pastoral Carcerária Nacional,

05/01/2024

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