O evento ocorreu no último sábado 13 de Abril, no Colégio Agostiniano no Centro de Vitória, e contou com a presença de aproximadamente 40 agentes que fazem assistência religiosa nas unidades prisionais nas áreas que compõem a área de atuação da Arquidiocese de Vitória.
Iniciamos com uma marcante mística conjugando apresentação dos números do sistema prisional capixaba, acompanhada de cantos, leitura coletiva, objetos e textos que simbolizam nossa fé e presença no cárcere.
O Padre Kelder José Figueira, vigário do Vicariato para ação social, ecumênica e política da Arquidiocese de Vitória, participou do evento e em sua fala de Abertura, destacou a presença das agentes e dos agentes da pastoral anunciando a palavra de Deus e denunciando as violações de Direitos Humanos cotidiana no cárcere.
Na palestra de abertura, o professor Dr. Humberto Ribeiro Junior, escritor e pesquisador da UVV Universidades Vila Velha fez uma exposição da história do cárcere e a conjuntura do sistema carcerário no ES destacando a necessidade de nos opormos de forma contundente ao encarceramento, não permitindo nenhum aumento de vagas nas cadeias mas sim, lutando pelo fim das prisões.
Kamila Moura, que também é pesquisadora dos direitos humanos e do sistema prisional capixaba, agente da Pastoral e integrante da coordenação arquidiocesana, abordou os diversos desafios da pastoral em sua atuação como órgão da igreja no cárcere que anuncia a vida, mas também denuncia as mazelas identificadas nas unidades. Na ocasião, Kamila apresentou a Pesquisa Nacional elaborada pela Pastoral Carcerária Nacional a partir dos relatórios e depoimento de seus agentes que atuam nos cárceres em todo o Brasil e que trouxeram as dificuldades encontradas para fazer Assistência religiosa.
Em seguida, ainda pela manhã, a irmã Rita Cola da congregação Missionárias Agostinianas que atua em diversos movimentos e organismos da igreja fez uma exposição sobre a espiritualidade, trouxe os desafios de quem se dispõe a ser presença de Deus entre os pobres, encarcerados e humilhados a fim de “Encontrar Jesus no irmão e irmã que sofre e em situação de cárcere”.
Na fila do povo os presentes puderam dialogar com as expositoras e o professor.
A parte da tarde foi reservada para a apresentação, da estratégia metodológica da Justiça Restaurativa, como opção para o desencarceramento, feita por servidores e colabores do Ministério Público do ES e concluindo com o exercício prático do ” Círculo de Paz.
Durante a tarde ainda, Maria de Fátima Castelan, agente da Pastoral Carcerária e representantes da questão das mulheres presas em âmbito nacional da Pastoral fez um repasse sobre o Projeto Nacional sobre a Mulher presa abordando as prioridades que estão sendo trabalhadas e as urgências apresentadas nos cárceres.
Os participantes avaliaram que o momento tenha sido excelente para suas formações e atuações dia a dia nas unidades prisionais do ES.