Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo escrito pela comunidade de Mateus 21,1-11 e 26, 14 – 27, 66.
10 Quando Jesus entrou em Jerusalém a cidade inteira se agitou, e diziam: “Quem é este homem?” 11 E as multidões respondiam: “Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia”.
40 “Tu que ias destruir o Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cr
42 “A outros salvou… a si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel… Desça agora da cruz! e acreditaremos nele. 43 Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus”.
O Domingo de Ramos traz-nos dois quadros que constrastam um com o outro, apresentando-nos duas figuras de Messias contrastantes: dum lado o messias que é profeta, libertador e outra o do messias mágico, milagreiro, que apresenta um Deus que anula e não aceita a humanidade, que não é O de Jesus.
No Grito que vem do homem da cruz, do condenado a morte, ecoa o grito dos mais de 900 mil homens e mulher encarcerados, esquecidos nos porões de nosso país e que precisam ser tirados da cruz, libertados das algemas da indiferença, do punitivismo, do descarte. Não basta, embora seja um primo passo, a atitude de quem simplesmente visita e fica indiferente ou até se une ao grupo de quem grita: Crucifica-o! Crucifica-o! Poucas horas antes os discípulos e o povo gritavam: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!”. Mas em seguida fogem, abandonam, deixam à sua sorte o condenado, o injustiçado. É preciso “gritar ao mundo que Cristo está preso, algemado, descartado, e continua condenado a morte pela nossa própria indiferença.
Eis a razão pela qual como Pastoral Carcerária continua inistindo sobre um “mundo sem prisões”. É o mundo novo que faz parte do programa de vida de Jesus anunciado na sinagoga de Nazaré, de libertação dos encarcerados e da proclamação do ano da graça de Deus cujo coração está com os pobres, com os famintos, com os que têm fome e sede de justiça.
Oremos
Deus eterno e todo-misericordioso, para dar aos seres humanos um exemplo de humildade, quisestes que o nosso Salvador se fizesse homem e morresse na cruz. Concedei-nos aprender o ensinamento de sua paixão e ressuscitar com ele em sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo , vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Pe. Gianfranco Graziola, imc, Assessor Teológico da Pastoral Carcerária Nacional.