Os coordenadores estaduais da Pastoral Carcerária elaboraram durante encontro realizado em Brasília, entre 20 e 23 de março, uma carta de apoio aos agentes da Pastoral Carcerária da Paraíba, padre Bosco Nascimento e senhora Guiany Campos Coutinho, que em março foram afastados da PCr arquidiocesana pelo arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto.
“Viemos, por meio desta carta, repudiar a atitude do Arcebispo e afirmar que, com este ato, ele atingiu o coração de todos nós, Pastoral Carcerária e a própria Igreja Brasileira”, consta em um dos trechos da carta. “Viemos expressar a eles a nossa total e irrestrita confiança e apoio na certeza de que não será este fato, que nos entristece profundamente, a manchar a caminhada libertadora e profética expressão terna e misericordiosa do rosto paterno e materno de Deus”, manifestaram em outro trecho.
Segue a íntegra da carta:
Nós, Coordenadores Estaduais da Pastoral Carcerária,
Reunidos em Brasília dos dias 20 a 23 de março de 2014, perante o ato autoritário e por nada pastoral do arcebispo da Paraíba, Aldo Pagotto, que afastou os agentes da Pastoral Carcerária da Arquidiocese da Paraíba, com sede em João Pessoa, padre Bosco Nascimento e Guiany Campos Coutinho, viemos, por meio desta carta, repudiar a atitude do Arcebispo e afirmar que, com este ato, ele atingiu o coração de todos nós, Pastoral Carcerária e a própria Igreja Brasileira na sua ação samaritana com a qual há décadas está curvando-se com amor sobre “os pobres entre os mais pobres” promovendo seu resgate, um mundo sem cadeias, mais humano e fraterno.
Como Coordenadores Estaduais da Pastoral Carcerária, conhecedores da vida e do testemunho profético deste nosso irmão e desta nossa irmã, viemos expressar a eles a nossa total e irrestrita confiança e apoio na certeza de que não será este fato, que nos entristece profundamente, a manchar a caminhada libertadora e profética expressão terna e misericordiosa do rosto paterno e materno de Deus.
No espírito deste tempo quaresmal, tempo de êxodo e de renovação batismal, fazemos votos para que todos nós, Igreja povo de Deus, possamos deixar-nos transforar e converter pela Palavra de Deus e este fato de paixão e morte se transforme em vida plena.
Brasília, 23 de março de 2014.