“Trabalho Interdisciplinar das Políticas Públicas no Sistema Prisional: Articulando Redes e Construindo Laços Sociais”, foi o tema da 11ª assembleia da Pastoral Carcerária do Regional Leste 1 da CNBB (Rio de Janeiro), realizada entre 16 e 18 de agosto, no Convento Madre Regina, na Diocese de Petrópolis.
A atividade, que teve a participação de 86 pessoas de oito das 11 dioceses do Regional Leste 1, teve por meta informar e formar os agentes da Pastoral Carcerária que realizam atividades missionárias em todo o Estado do Rio de Janeiro. Foi um momento também de encontro para a troca de experiências de missão e partilha de espiritualidade.
Irmã Petra Silvia Pfaller, vice-coordenadora nacional da Pastoral Carcerária Nacional, foi uma das palestrantes da assembleia, onde apresentou a temática “A experiência e os projetos da Pastoral Carcerária Nacional”.
A temática do encontro, trabalhada pelos participantes a partir da metodologia Ver-Julgar-Agir, foi também detalhada por outros assessores: doutor Cléber Francisco Alves, caracterizou o que são as políticas públicas e a importância destas para o sistema penitenciário; e Márcio Pacheco, deputado estadual, tratou da elaboração de leis que protejam os egressos do sistema penitenciário.
Já a doutora Maíra Fernandes, presidente do Conselho Penitenciário do Rio de Janeiro, apresentou o papel do Sistema Penitenciário; enquanto Almir Dias, biólogo do Ministério da Saúde, comentou sobre a salubridade no ambiente prisional para prevenir doenças e epidemias; e Marcos Wilson de Souza Matheus, professor do Presídio Nélson Hungria, destacou a importância da Educação à ressocialização dos presos.
Participação dos bispos
A 11ª assembleia da Pastoral Carcerária no Rio de Janeiro teve a participação de três bispos: dom Pedro Cunha, auxiliar na Arquidiocese do Rio de Janeiro e referencial da PCr Regional Leste 1, que tratou da importância da formação na missão e na vida espiritual dos agentes; dom José Francisco Dias, arcebispo de Niterói (RJ), que enalteceu a realização da assembleia para a Província Eclesiástica de Niterói; e dom Gregório Paixão, bispo de Petrópolis, que falou da própria experiência junto à PCr.
Dom Gregório incentivou os agentes da pastoral a continuar perseverantes no trabalho que realizam, afirmando que eles fazem a diferença, pois quando a sociedade, de modo geral, não acredita nas pessoas que por vários motivos estão presas, “nós dizemos que acreditamos”. O bispo ressaltou ainda que é um trabalho importante, principalmente ao acolher, não somente o preso, buscando sua recuperação, mas também os familiares.
Informações e fotos: Alexandre Nunes da Conceição e Diocese de Petrópolis
VEJA A MENSAGEM DE DOM PEDRO CUNHA SOBRE O EVENTO