Agenda Nacional pelo Desencarceramento

 Em Geral

Em novembro de 2013, em audiência pública com o Governo Federal provocada pelas Mães de Maio, movimentos e organizações sociais de enfrentamento ao Estado Penal apresentaram agenda para o sistema prisional, cuja proposta central aponta para a exigência de um programa de desencarceramento que estabeleça metas claras para a redução imediata e drástica da população prisional.
Para viabilizar o desencarceramento e fortalecer as práticas comunitárias de resolução pacífica de conflitos, são articuladas na agenda, basicamente, as seguintes diretrizes:

  • Suspensão de qualquer investimento em construção de novas unidades prisionais;
  • Restrição máxima das prisões cautelares, redução de penas e descriminalização de condutas, em especial aquelas relacionadas à política de drogas;
  • Ampliação das garantias da execução penal e abertura do cárcere para a sociedade;
  • Vedação absoluta da privatização do sistema prisional;
  • Combate à tortura e desmilitarização das polícias e da gestão pública.

Em face da emergência do debate sobre Segurança Pública, provocada, sobretudo, em razão da escalada da repressão policial e da iminência dos debates eleitorais, as organizações atualizaram o conteúdo do documento para, nesse momento, apresentá-lo como pauta para a construção de uma sociedade menos violenta e desigual.
É chegada a hora de reverter a histórica violência do país contra as pessoas mais pobres e, com seriedade, fortalecer a construção de um caminho voltado ao horizonte de uma sociedade sem opressões e sem cárceres.
Confira a íntegra da agenda assinada por ANADEF, DDH, CDHEP, Grupo de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade (MG), Práxis, Justiça Global, Mães de Maio, Margens Clínicas, NESC-DPESP, Pastoral Carcerária, Pastoral da Juventude, Culthis-UFMG, Rede 2 de Outubro e Sociedade Sem Prisões:
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AGENDA FOR AN END TO MASS INCARCERATION
In a November 2013 public hearing of the Federal Government promoted by the Mães de Maio, movements and social organizations that confront the Penal State presented an agenda for the prison system.  The agenda’s central proposal points to the necessity of a program to end mass incarceration which establishes clear goals for the immediate and drastic reduction of the prison population.
To make viable an end to mass incarceration and to strengthen community practices of pacific conflict resolution, the agenda basically outlines the following directives:

  • Suspension of any investment in the construction of new prison units;
  • Maximum restriction of pretrial prison, reduction of sentences and decriminalization of dealings, especially those related to drug policy;
  • Expansion of guarantees in penal execution and opening of prisons to society;
  • Absolute prohibition of privatization of the prison system;
  • Fight against torture and demilitarization of police and public management.

In the face of an emergency for debate about Public Safety, provoked, above all, for reasons of escalating police repression and the imminence of electoral debates, the organizations updated the content of the document so that it could be presented in this moment as an agenda for the construction of a less violent and less unequal society.
This is the moment to reverse the country’s historic violence against poor people and to act with seriousness in strengthening the construction of a path directed at the horizon of a society without oppression and without prisons.
Check out the complete agenda signed by ANADEF, DDH, CDHEP, Grupo de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade (MG), Práxis, Justiça Global, Mães de Maio, Margens Clínicas, NESC-DPESP, Pastoral Carcerária, Pastoral da Juventude, Culthis-UFMG, Rede 2 de Outubro e Sociedade Sem Prisões:
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NATIONALE AGENDA ZU HAFTENTLASSUNGEN
In einer Audienz der brasilianischen Bundesregierung im November 2013, de von der Organisation Mães de Maio (Mai-Mütter) initiiert worden war, haben Bürgerbewegungen und Sozialorganisationen, die sich dem Strafstaat entgegenstellen, eine Agenda zum Gefängnissystem vorgestellt. Ihr wichtigster Punkt ist die Forterung eines Programms zu Haftentlassungen und Straferlass, das klare Ziele für die sofortige und drastische Verringerung der Zahl der inhaftierten Menschen aufstellt.
Um die Haftentlassunge und den Straferlass möglich zu machen und die gemeinschaftlichen Praktiken der friedlichen Konfliktlösung zu stärken, stellt die Agenda vor allem die folgenden Richtlinien vor:

  • Aussetzung jeglicher Investitionen in den Bau von neuen Gefängnisgebäuden.
  • Größtmögliche Einschränkung der vorläufigen Festnahmen; Verkürzung der Strafzeiten und Entkriminalisierung bestimmter Verhaltenweisen, insbesondere im Bereich der Drogenpolitik.
  • Erweiterung der Garantien im Strafvollzug und Öffnung der Gefängnisse für die Gesellschaft.
  • Absolutes Verbot der Privatisierung des Gefängnissystems.
  • Bekämpfung der Folter und Entmilitarisierung der Polizeieinheiten und der öffentlichen Verwaltung.

Angesichts der Dringlichkeit der Debatte über die öffentliche Sicherheit, vor allem aufgrund der Eskalation der Polizeirepression und der bevorstehenden Wahlkampfdebatten, haben die Organisationen den Inhalt des Dokuments aktualisiert, um es in diesem Moment als Agenda zum Aufbau einer weniger gewalttätigen und ungleichen Gesellschaft vorzustellen.
Es ist höchste Zeit, die historische Gewalttätigkeit gegen die ärmeren Menschen in Brasilien umzukehren und ernsthaft den Aufbau eines Weges zu stärken, der zu einer Gesellschaft ohne Unterdrückungsmechanismen und ohne Gefängnisse führen kann.
Lesen Sie hier den gesamten Text der Agenda, die von folgenden Organisationen unterschrieben wurde (vgl. die brasilianischen Namen zu Beginn der Agenda):
 
– ANADEF (Nationale Vereinigung der Pflichtstaatsanwälte)
– DDH (Institut Schutz der Menschenrechte)
– CDHEP (Zentrum für Menschenrechte und Volkserziehung, Campo Limpo, São Paulo)
– Gruppe von Freunden und Angehörigen von Menschen im Freiheitsentzug (Minas Gerais)
– Institut Praxis der Menschenrechte
– Globale Gerechtigkeit
– Mai-Mütter
– Klinische Randgebiete
– Arbeitsgruppe zur Situation in Gefängnissen der Pflichtverteidigungsbehörde, Staat São Paulo
– Nationale Gefängnisseelsorge der Brasilianischen Bischofskonferenz
– Jugendpastoral der Brasilianischen Bischofskonferenz
– CULTHIS (Sonderprogramm der Staatlichen Universität Minas Gerais:
psychosoziale Betreuung von Gefangenen, Entlassenen, Freunden und Angehörigen)
– Netzwerk 2. Oktober
– Gesellschaft ohne Gefängnisse
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