A quantidade detentos no presídio central de Porto Alegre é superior à população de 40% das cidades gaúchas, conforme apurou o jornal Folha de S.Paulo, em reportagem publicada em 2 de março.
Com capacidade para 2 mil detentos, o chamado ‘Carandiru gaúcho’ abriga atualmente cerca de 4 mil presos e tem estruturas precárias, tais como calhas improvisadas para conter goteiras, resíduos fecais a céu aberto no pátio e instalações elétricas precárias.
De acordo com a reportagem, o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) gaúcho considerou a infraestrutura ‘irrecuperável’, após uma inspeção.
Some-se a isso, o fato de presos que passam a noite no corredor devido à falta de espaço nas celas. O atendimento médico no presídio, de acordo com o Conselho Regional de Medicina gaúcho, está abaixo do recomendado de uma equipe médica para cada 500 presos.
Em janeiro, uma representação feita à Organização dos Estados Americanos (OEA) pela Associação dos Magistrados do Estado e outras entidades denunciou a situação de calamidade no presídio.
Diante do cenário, o governo gaúcho estuda desativar o local ou até vender a área da cadeira, mas diz que a superlotação vem diminuindo, pois em fins de 2010, a população carcerária no presídio era de 5.300 pessoas.
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