À agência EFE, padre Valdir comenta postura do Estado após Massacre do Carandiru

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O julgamento do Massacre do Carandiru, em que ao menos 111 pessoas foram mortas em outubro de 1992 no complexo penitenciário, segue com repercussões na mídia internacional.
Reportagem da agência espanhola de notícias EFE, publicada no dia 14, ressaltou que o julgamento lembra os problemas ainda vigentes no sistema carcerário do país, “onde o poder das facções e as violações de direitos demonstram, segundo especialistas, que as lições do passado não foram aprendidas”.
Padre Valdir João Silveira, coordenador nacional da Pastoral Carcerária, foi um dos entrevistados e apontou que as organizações dos presos nascem em oposição à violência e à tortura cometidas nas prisões. “A ausência do Estado obrigou os presos a se organizarem”, comentou.
Passados 20 anos do massacre, padre Valdir considerou que houve melhoras na formação dos funcionários das prisões, nos mecanismos de prevenção e combate à tortura, e nas inspeções para evitar práticas degradantes, mas criticou a privatização de presídios iniciada por alguns estados, que, em sua opinião, não soluciona o problema carcerário, mas o agrava.
Também entrevistada, Camila Dias, professora de sociologia da USP e especialista em temas de violência, considerou que as autoridades brasileiras pouco aprenderam com Massacre do Carandiru, e qualificou como dramática a situação dos presídios no Brasil, especialmente pela superlotação, que está em expansão desde a década de 1990.
Leia a reportagem da Agência Efe, Reproduzida no Portal UOL

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