“No coração de Deus, ocupam lugar preferencial os pobres,
tanto que até Ele mesmo ‘Se fez pobre’ (2 Cor 8,9)”
(PAPA FRANCISCO, Evangelii Gaudium – 197)
Meu Irmão e minha Irmã agente de Pastoral Carcerária; meu Irmão e minha Irmã prisioneira; meu Irmão e minha Irmã que sofre,
Vamos juntos, neste ano, celebrar o Natal. Não do jeito que o mercado e a propaganda convidam: festas do consumo e do individualismo. Vamos celebrar juntos o Natal do jeito que o Deus-menino espera de cada um de nós: na fraternidade e na comunhão, construindo verdadeiras comunidades onde colocamos tudo em comum (cf. Atos 2, 44-45).
Vamos celebrar o Natal renovando o nosso compromisso com os rejeitados e rejeitadas deste mundo, pois as “alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias (…), sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo” (Gaudium et Spes, 200). Vamos celebrar juntos, levando a todas as pessoas a Boa-Nova, a certeza de que no coração do Deus-menino existe um lugar reservado para cada “pequenino” deste mundo, sobretudo as pessoas pobres, presas e todas aquelas que sofrem injustiças.
Vamos celebrar, enfim, a fertilidade de nossa opção pelos pobres que edifica, cotidianamente, uma nova história e um novo tempo onde “justiça e paz se abraçarão”. Aquela paz bem concreta, tão profundamente divina e humana, tão “inquieta” como nos diz Dom Pedro Casaldáliga:
“A Paz que nos sacode/ com a urgência do Reino (…)
A Paz do pão da fome de Justiça,/ a Paz da Liberdade conquistada”
Um fraterno e aconchegante abraço, na certeza dos reencontros e da caminhada por um mundo sem prisões.
Coordenação Nacional da Pastoral Carcerária
Dezembro de 2014